ÁUDIO-EXPLOSIVO: Dialogo gravado por sertanejo, revela ação criminosa no DF, agora é com a Justiça.

Amante do ex-deputado Wigberto Tartuce, o Vigão, é flagrada em áudio, revelando crimes cometidos por políticos e pelo próprio companheiro

Por Mino Pedrosa

Um bate-papo revelador no celular entre dois velhos e íntimos amigos, um radialista astuto e um cantor sertanejo renomado, expôs um escândalo chocante que evidencia a exploração descarada do dinheiro público para autopromoção vergonhosa. Numa tarde de tempo nublado, o cantor sertanejo, que será mantido no anonimato para evitar constrangimento, recebeu uma ligação no mínimo estranha do ex-deputado federal e empresário falido no mundo das rádios, Wigberto Ferreira Tartuce, conhecido como “Vigão”.

O áudio revela que a conversa dos dois amigos foi interrompida por Rhayanny de Freitas Cavalcante, que atacava e acusava de crimes a advogada Andressa Soraya Rodrigues de Moura Paz, o empresário e advogado Raul Canal, o deputado distrital João Hermeto e o empresário do ramo de eventos e antigo aliado de Vigão, Roni Cabral. O sertanejo, que não falava com Vigão há muito tempo, estranhou a ligação e também o início da conversa, que logo de cara se revelava indecente, afinal, o ex-parlamentar perguntava ao famoso amigo se ele poderia conseguir umas mulheres para uma festinha.

De repente, a celebridade percebeu a chegada de uma mulher no quarto onde Vigão estava e ouviu algo muito estranho: “Vigão, abre aqui o cofre porque preciso pegar dinheiro”, ele pergunta: “Para quê?”; ela responde: “Para fazer alguns pagamentos”; ele pede para que ela não retire todo o dinheiro, mas a mulher indaga se ele quer dinheiro para dar para as raparigas. A partir daí, o sertanejo, que estava em seu estúdio, resolveu gravar o diálogo inflamável entre Vigão e a tal mulher.

Cotas

Durante a conversa, Rhayanny não tinha a menor ideia de que o diálogo estava sendo gravado e revelou que a assinatura de contrato advocatício com Andressa era falsa e que, mesmo a advogada ganhando na Justiça o processo para requerer seus honorários em participação de cotas na empresa de Vigão, a luta será fratricida, pois a filha de Vigão, Flávia Tartuce, sabe da fraude e vai lutar para que a advogada não receba nada e ainda perca sua carteira da Ordem.

Canal

No áudio também é citado um renomado advogado e comunicador, trata-se de Raul Canal, classificado por Rhayanny como bandido e vagabundo. Raul salvou as rádios ao pagar a conta de luz e, com isso, ficar com um programa semanal durante um ano. Agora que o combinado está acabando, a amante de Vigão diz que está na hora de se livrar do antigo salvador da pátria.

Coringa

A gravação do desabafo de Rhayanny revela ainda que o antigo Coringa de Vigão, Roni Cabral, agora está em rota de colisão com o clã e ele tem potencial de colocar a família na cadeia.

Companheiros

A gravação bombástica também mostra como as autoridades, políticos e até a primeira-dama do DF, Mayara Noronha, usam o poder e os cofres públicos para se autopromoverem nas ondas sonoras das rádios Atividade FM e Jovem Pan em Brasília. As rádios estão com contas bloqueadas pela Justiça devido às mazelas e corrupção do clã Tartuce, que burlam a lei e recebem pagamentos usando empresas laranjas ligadas à família.

As manobras ardilosas para a autopromoção implicam em crimes cometidos por vários políticos e autoridades do DF, a exemplo do deputado distrital João Hermeto, da deputada federal Lêda Borges e do senador Izalci Lucas. Não podemos esquecer também do super secretário Marcelo Piauí.

Rhayanny revela no áudio flagrado que o distrital Hermeto faz pagamentos por fora da contabilidade da rádio para ela, um valor de R$ 10.000 reais e mantém no seu gabinete um motorista fantasma, indicado por Vigão, com o salário complementar em troca de um programa semanal na rádio. Vale lembrar que Hermeto é um velho conhecido pelas práticas nada republicanas e que, bem no fundo de uma gaveta da DECOR, descansa o inquérito das Rachadinhas.

Caminho do dinheiro

Há cerca de um mês, a primeira-dama do DF, Mayara Noronha, lançou um programa na Rádio Atividade FM com intuito de autopromoção e se preparando para as próximas eleições brasilienses onde vai tentar uma vaga na Câmara Federal em 2026. O Papo Brasília, em parceria com Rhayanny de Freitas, amante de Vigão, vai ao ar todas as quintas. Na rádio, o mesmo acontece com o super secretário do governador Ibaneis Rocha, Marcelo Piauí, que paga um valor por fora de R$ 9.000,00 reais para Natália, filha de Vigão, mas a tabela com o pagamento criminoso é de R$ 10.000 reais mais cargos no poder público com funcionários fantasmas.

A Secretaria de Comunicação do GDF, por meio de publicidade, é a porta das vultuosas quantias que burlam a lei e caem livres nas contas de empresas laranjas, com isso, deixa-se de cumprir a determinação da justiça, que obriga o uso dos recursos financeiros das contas para pagamentos de dívidas autorais com o ECAD e impostos.

Não é a primeira vez que o senador Izalci Lucas usa verbas públicas empregando no seu gabinete pessoas indicadas por Vigão em troca de programas de autopromoção, o mesmo está acontecendo com a deputada federal Lêda Borges e Marcelo Piauí.

Cumplice

Nos dias atuais, a marionete da vez é o radialista Henrique Moronari, encarregado de ser a ligação entre a rádio e o poder público. Moronari, como atual diretor, é o responsável por indicar quais as empresas que deverão ser beneficiadas pelo dinheiro público. Também é conhecido por ser o principal cupido que colore algumas festinhas clandestinas que ocorrem na mansão de Vigão, no Lago Sul, bairro nobre da capital da República.

Conclusão

A farra com o dinheiro público é grande e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), a Delegacia de Repressão à Corrupção (DECOR) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a Anatel e Receita Federal estão com os olhos vendados, não querendo enxergar as manobras criminosas que já vêm sendo denunciadas há algum tempo. O áudio gravado pelo famoso sertanejo é revelador, pois a amante de Vigão, Rhayanny, confessa vários crimes, entre eles o recebimento de dinheiro ilícito.

Com tantos “Cs“, fica fácil constatar que Brasília, ao longo de seus sessenta e quatro anos, para o desgosto de quem realmente ama essa cidade, virou um verdadeiro Cabaré, com C maiúsculo mesmo.

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