Zanin marca para 25 de março sessão que decidirá se Bolsonaro vira réu no STF

A Procuradoria-Geral da República (PGR) reafirmou a denúncia e pediu seu recebimento pelo STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para as 9h30 do dia 25 de março o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, acusados de arquitetar um plano para anular as eleições de 2022 e manter-se no poder a qualquer custo.

A análise do chamado “Núcleo 1” da suposta organização criminosa ocorrerá em três sessões, sendo duas no dia 25 (às 9h30 e 14h) e a terceira no dia 26 (às 9h30).

Entre os crimes imputados ao ex-presidente e seus aliados estão liderança de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

O caso, de extrema gravidade para a democracia, será avaliado pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino.

Denúncia e defesa

A Procuradoria-Geral da República (PGR) reafirmou a denúncia e pediu seu recebimento pelo STF. “A manifestação é pelo recebimento da denúncia”, declarou Paulo Gonet, chefe da PGR, destacando que essa fase do processo não exige exame aprofundado das provas, mas apenas a verificação da consistência das acusações.

Os advogados dos acusados tentaram, sem sucesso, desqualificar a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, argumentando que ele teria sido pressionado a colaborar com as investigações.

Porém, a PGR foi categórica ao rejeitar essa tese, afirmando que Cid sempre esteve assistido por advogados e que a colaboração foi voluntária. O próprio Cid reforçou esse compromisso ao solicitar a manutenção dos termos do acordo.

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