Trump anuncia conversa com Putin sobre divisão de territórios na Ucrânia

Governo russo também confirmou a conversa; EUA intensificam ataques no Iémen e Israel mata 15 na Faixa de Gaza, apesar de cessar-fogo em vigor

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou hoje que conversará com o presidente russo, Vladimir Putin, amanhã para discutir a divisão dos territórios da Ucrânia. Em uma entrevista durante o voo presidencial, Trump afirmou que o diálogo abordará as “terras”, mencionando que muitas áreas do território ucraniano estão “muito diferentes do que eram antes da guerra”. O ex-presidente sugeriu que já houve discussões sobre a divisão de certos ativos entre a Ucrânia e a Rússia.

O governo russo confirmou a conversa, que ocorrerá após Putin impor condições para aceitar uma proposta de cessar-fogo de 30 dias apresentada conjuntamente pelos Estados Unidos e Ucrânia na semana passada. A Rússia controla atualmente entre 10% e 20% do território da Ucrânia, segundo estimativas de observadores internacionais.

O governo Trump desobedeceu uma ordem de um juiz federal para suspender a deportação de 261 pessoas, com base na Lei de Inimigos Externos, de 1798, uma norma usada anteriormente apenas em tempos de guerra. Apesar da ordem judicial que determinava a suspensão, o governo manteve a deportação, que ocorreu em segredo até que a informação vazasse no sábado. O juiz James E. Boasberg, de Washington DC, ordenou o retorno imediato dos deportados, o que levou a um voo de deportação a El Salvador. O governo, por sua vez, defendeu que a decisão estava em conformidade com seu direito de expulsar “inimigos externos”.

As forças russas conseguiram retomar quase todo o território na região de Kursk, que havia sido ocupado pelas tropas ucranianas desde agosto. A contra-ofensiva russa, que contou com cerca de 70 mil soldados, incluindo 12 mil norte-coreanos, resultou em uma significativa perda para a Ucrânia, especialmente após a retomada da cidade estratégica de Sudzha. Essa derrota limita as opções de negociação de Zelensky com Putin, enquanto Trump pressiona por uma resolução do conflito.

O número de mortos devido a ataques aéreos dos EUA em Sanaa, capital do Iémen, subiu para 54, com cinco vítimas sendo crianças. A ofensiva, que começou no sábado, visa eliminar líderes houthis, grupo que controla grande parte do país. Em resposta aos ataques, os houthis dispararam mísseis e drones contra um porta-aviões americano na região, mas ainda não há informações sobre danos ou vítimas. O conflito no Iémen se agrava, com o grupo houthi intensificando seus ataques.

Enquanto o cessar-fogo entre Israel e grupos militantes palestinos permanece em vigor, novos ataques israelenses resultaram na morte de 15 pessoas na Faixa de Gaza, o maior número de vítimas fatais desde o início da trégua em janeiro. Entre as vítimas estão oito membros da Al Khair Foundation, uma organização de ajuda humanitária. Israel confirmou os ataques, alegando que os alvos eram integrantes do Hamas e da Jihad Islâmica. A escalada de violência continua, apesar das tentativas de cessar-fogo.

Fatos Online

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp
Share on telegram