TRE-SP multa Pablo Marçal em R$ 30 mil por fake news contra Boulos

Marçal utilizou suas redes sociais para espalhar propaganda negativa e falsa, alegando incorretamente que Boulos havia sido preso por porte de drogas e o chamando de “drogado”

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) multou o candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), em R$ 30 mil por veicular informações falsas sobre seu adversário, Guilherme Boulos (PSOL), nas redes sociais.

O juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral, determinou a multa após constatar que Marçal utilizou suas redes sociais para espalhar propaganda negativa e falsa, alegando incorretamente que Boulos havia sido preso por porte de drogas e o chamando de “drogado”.

Segundo o juiz, Marçal ultrapassou os limites do debate político ao fazer acusações pessoais e desrespeitosas, prejudicando a honra de Boulos sem apresentar provas. “A postagem em redes sociais não é um espaço para contraditório. Espalhar informações infundadas, como a acusação de que o autor é usuário de drogas e já foi preso por isso, é uma afronta às normas eleitorais e deve ser condenada”, afirmou Colombini. Ele acrescentou que o vídeo divulgado por Marçal descamba para o insulto pessoal, prejudicando a reputação do candidato.

Colombini também observou que o comportamento degrada o debate político, transformando-o em violência verbal em vez de promover uma discussão construtiva baseada em fatos e propostas. “Essas ações não se enquadram na liberdade de expressão, pois atacam a honra e a imagem do candidato, o que é vedado pela legislação eleitoral”, concluiu o juiz.

A ‘Folha de S. Paulo’ revelou que Marçal confundiu um processo de porte de cocaína envolvendo um homônimo de Guilherme Boulos. O réu, Guilherme Bardauil Boulos, é candidato a vereador em São Paulo pelo Solidariedade, na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB). O nome completo do candidato a prefeito pelo PSOL é Guilherme Castro Boulos.

A reportagem destacou que Marçal baseou suas acusações em uma lista de processos filtrados apenas pelos nomes “Guilherme” e “Boulos”, sem usar outros identificadores como o CPF. A campanha de Pablo Marçal não confirmou o erro.

Fatos Online

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