Toffoli nega pedido de Eduardo Cunha para anular condenações da Lava-Jato

A defesa de Cunha tentou utilizar a decisão do STF que declarou a suspeição do ex-juiz Sergio Moro nos processos envolvendo o presidente Lula

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, rejeitou nesta quarta-feira (6) o pedido da defesa do ex-deputado Eduardo Cunha para anular suas condenações na Operação Lava Jato.

A decisão ocorreu em um processo sob sigilo judicial, destacando o contínuo embate do ex-presidente da Câmara contra a Justiça que o levou à prisão em 2016.

A defesa de Cunha tentou utilizar a decisão do STF que declarou a suspeição do ex-juiz Sergio Moro nos processos envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tentar invalidar as condenações de seu cliente.

Alegando conluio entre Moro e procuradores da Lava Jato, os advogados citaram diálogos revelados pela Operação Spoofing, que expôs mensagens hackeadas do Ministério Público. No entanto, Toffoli não viu fundamentos suficientes para estender a decisão de suspeição a Cunha, argumentando que as conversas entre Moro e os procuradores não evidenciam qualquer parcialidade direta do então juiz nos casos de Cunha.

O ministro foi incisivo ao afirmar que “as questões levantadas pela defesa de Cunha não têm aderência suficiente ao caso julgado que envolveu o ex-presidente Lula”.

Após sua prisão em 2016, Cunha teve a prisão domiciliar revogada em 2021 e chegou a tentar retornar à vida política nas eleições de 2022, concorrendo a uma cadeira na Câmara dos Deputados por São Paulo – tentativa que foi frustrada.

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