Segundo os advogados, a retenção total do salário estaria comprometendo as condições financeiras de sua família
Preso há quase um ano sob suspeita de ser o mentor do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa agora quer reaver seu salário como delegado.
O pedido foi encaminhado nesta segunda-feira (17) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, responsável pelo caso.
Rivaldo Barbosa está detido desde março de 2024, quando foi alvo de uma operação da Polícia Federal. A prisão veio acompanhada do bloqueio de seus rendimentos, medida que sua defesa agora contesta.
Segundo os advogados, a retenção total do salário estaria comprometendo as condições financeiras de sua família e afetando “o mínimo existencial” dos dependentes do delegado.
O ex-chefe da Polícia Civil cumpre pena na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. Outro envolvido no caso é o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), que segue preso após ser delatado por Ronnie Lessa como um dos mandantes do crime que vitimou Marielle e seu motorista, Anderson Gomes.
Decisão de Moraes
O pedido de Rivaldo segue um precedente recente: no início deste mês, Moraes autorizou o desbloqueio de 30% do salário de Marco Antônio de Barros Pinto, inspetor da Polícia Civil do Rio de Janeiro e também investigado no caso. A decisão permitiu que a instituição financeira responsável liberasse parcialmente a remuneração líquida do policial.
Agora, antes de tomar qualquer decisão sobre Rivaldo Barbosa, Moraes deverá encaminhar o pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR) para parecer.