Aline Ferreira morreu em 2 de julho, após passar pelo procedimento na clínica Ame-se, no centro de Goiânia
Os laboratórios fabricantes de PMMA no Brasil se manifestaram sobre a morte da influencer brasiliense Aline Ferreira, de 33 anos, que faleceu após um procedimento de preenchimento de glúteos. Em nota oficial, os fabricantes afirmaram que o produto utilizado era adulterado e não correspondia à substância aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Aline Ferreira morreu em 2 de julho, após passar pelo procedimento na clínica Ame-se, no centro de Goiânia. Grazielly dos Santos Barbosa, proprietária da clínica, está presa na Casa de Prisão Provisória (CPP) e responde por exercício ilegal da profissão, execução de serviço de alta periculosidade e indução do consumidor ao erro.
Segundo a nota, assinada pela MTC Medical, os laboratórios explicaram que o produto usado por Grazielly foi retirado de potes da bolsa da falsa biomédica e as seringas foram preenchidas com esse material, que é totalmente distinto do PMMA legítimo vendido exclusivamente a médicos.
“O modus operandi dos clandestinos para atrair vítimas consiste em anunciar procedimentos com PMMA a um valor muito abaixo de qualquer serviço minimamente seguro, o que levanta a suspeita de uso de produtos adulterados, falsificados ou totalmente incompatíveis com o uso médico, como o silicone industrial”, informou a nota.
Os fabricantes alertaram sobre o mercado clandestino nos centros de estética e destacaram algumas condições que devem ser observadas pelos consumidores: proprietários de clínicas sem formação na área de saúde, centros estéticos sem alvará sanitário, valores dos procedimentos muito abaixo do mercado e a apresentação do produto, que pode levantar dúvidas sobre a autenticidade do PMMA.
A morte de Aline Ferreira trouxe à tona a preocupação com a segurança dos procedimentos estéticos e a necessidade de fiscalização rigorosa para combater o mercado clandestino, garantindo a saúde e a segurança dos consumidores.