Simone Tebet pede “coragem” do governo para cortar gastos ineficientes

As medidas para corte de despesas no governo federal devem ser apresentadas ao presidente Lula ainda nesta semana

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou nesta segunda-feira (28) que o governo deve ter “coragem” para cortar gastos em políticas públicas que considera ineficazes, abrindo assim espaço no Orçamento da União para novos investimentos.

Tebet enfatizou que “os números estão aí para mostrar que tudo o que tinha que dar certo deu”, mas reforçou que, para avançar, o governo precisa “eliminar o que é ineficiente” e assim liberar verbas para a infraestrutura. Ela destacou que, embora fraudes e erros ligados à pandemia já tenham sido corrigidos em 2023, a próxima etapa envolve cortes em políticas públicas que, segundo ela, não têm gerado resultados.

O discurso de Tebet ecoou as falas de Aloizio Mercadante, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que pouco antes defendeu cortes de gastos como caminho para o país recuperar seu grau de investimento. Tebet aproveitou a declaração de Mercadante, afirmando que “não há social sem fiscal”, reforçando o alinhamento entre responsabilidade fiscal e política social.

As medidas para corte de despesas no governo federal devem ser apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda nesta semana. Tebet reiterou que o investimento público, sozinho, não será suficiente para impulsionar a infraestrutura no Brasil e que o governo tem trabalhado para atrair capital privado, destacando ainda a necessidade de dobrar os investimentos nessa área.

Segundo a ministra, o governo está empenhado em criar um ambiente de “segurança jurídica e estabilidade”, como atrativo para o setor privado.

Críticos questionam até que ponto essa política de cortes pode impactar negativamente setores que dependem de recursos para se manterem e se expandirem, especialmente em tempos de crise e recessão.

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