Servidores da Abin acusam governo Lula de promover desmonte

Em nota, a União dos Profissionais de Inteligência de Estado (Intelis) ameaçou entrar em operação padrão, uma espécie de greve em que a produção do órgão é reduzida para o mínimo

Os servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ameaçam iniciar uma operação padrão, uma forma de greve dos funcionários públicos, devido à falta de avanço nas negociações de reajuste salarial com o governo.

Os servidores reclamam da ausência de oferta de recomposição salarial para a base. Em nota, a União dos Profissionais de Inteligência de Estado (Intelis) criticou o governo Lula, chamando-o de “governo do desmonte”.

A operação padrão está prevista para começar nesta semana. Com isso, os servidores públicos devem realizar apenas o mínimo necessário para a manutenção do trabalho, resultando em atrasos nas atividades, mas sem interrompê-las completamente.

“Chegamos a um ponto de não retorno”, afirma a nota divulgada na última sexta-feira (19), após a última mesa de negociação, descrita como “desastrosa”. “Sentimos muito pela população brasileira, a quem não conseguiremos mais garantir a segurança e atender nas mais diversas áreas em que atuamos.”

Negociações estagnadas

As negociações não têm avançado. Segundo o grupo, o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) ofereceu uma recomposição de “humilhantes” 0% para a base, e 9,5% em 2025 e 5% em 2026 para o topo da carreira, considerada “a pior proposta dentre as que têm sido colocadas para níveis semelhantes” no funcionalismo público. A próxima rodada de negociações está marcada para quarta-feira (24).

O MGI argumenta que a proposta apresentada “prevê ganhos de 14,5% a 25,3% para a categoria”, acumulados de 2023 a 2026. “O Governo segue com as negociações, buscando atender as reivindicações de reestruturação das carreiras de todos os servidores federais, respeitando os limites orçamentários”, afirmou o órgão.

Referências

Sem mencionar diretamente, os técnicos fazem referência à “Abin paralela” durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). “Após o governo do desvio, a inteligência de Estado do Brasil sofre agora com o governo do desmonte”, conclui a nota.

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