Secretário da Fazenda defende troca sem cunho político de Campos Neto do BC


Para Lula, é inadmissível o chefe do Banco Central não ser alinhado com o atual mandatário do país

O secretário-executivo e ministro da Fazenda em exercício, Dario Durigan, defendeu, nesta terça-feira (6), a autonomia do Banco Central (BC) e reforçou que a transição da gestão da autarquia precisa ser feita sem “cunho político”. Indicado pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Roberto Campos Neto já confirmou que conclui seu mandato neste ano e será substituído por um indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Fazer a transição da autoridade monetária também com responsabilidade, sem arroubo político. Somos a favor da autonomia do Banco Central. A autonomia do Banco Central garante que não haja oposição política no Banco Central, que haja diálogo técnico, que haja entendimento, isso é muito importante”, disse Durigan.

O secretário está cobrindo as férias do titular, Fernando Haddad, as falas ocorreram durante painel realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Taxa Selic

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) optou, por manter a taxa Selic, em 10,50%, pela segunda vez consecutiva.

A decisão foi unânime, com alinhamento dos votos dos quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), incluindo Gabriel Galípolo, o favorito a assumir o comando da autarquia em 2025

Lula x Campos Neto

O petista, que já é um assumido crítico tanto da autonomia do Banco Central, como do Presidente da autoridade monetária, Campos Neto, disse em junho, na penúltima decisão do Copom, que quem perde é o povo brasileiro. Quem perde com isso é o povo brasileiro. Quanto mais a gente pagar de juros, menos dinheiro tem para investir aqui dentro”, afirmou o chefe do executivo.

Lula também classificou como “absurdo” ter que presidir o país por dois anos tendo um indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Para o presidente, é inadmissível o chefe do Banco Central não ser alinhado com o atual mandatário do país:

“Como pode o presidente da República ganhar as eleições e, depois, não poder indicar o presidente do Banco Central? Ou, se indica, ele tem uma data. Estou há dois anos com o presidente do Banco Central do Bolsonaro. Então, não é correto isso”, disse Lula.

O presidente ainda afirmou que Campos Neto tem “lado político” que prejudica o país.

 

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