Petrodólares: o sonho de Rodrigo Neves em ocupar a cadeira maior do Palácio da Guanabara, está se transformando em pesadelo
Por Mino Pedrosa

A ganância, com ambições estaduais, o ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, conhecido como “sheik de Niterói”, tem procurado se utilizar dos royalties do petróleo para se cacifar novamente ao Palácio da Guanabara, sede do governo do estado do Rio de Janeiro.

O que o ex-candidato a governador e ex-gestor municipal tenta esconder, porém, é o seu passado. Tentando aumentar a fatia dos royalties enviados à cidade com uma das maiores rendas per capita do país, Neves tenta esquecer que chegou a ser preso em pleno mandato em 2018, passando 93 na cadeia acusado de improbidade administrativa.

Conhecida como Operação Alameda, o poderoso político, que mantém relações com o bicheiro “Capitão”, foi abordado pela Polícia Civil em 10 de dezembro de 2018 sob a acusação de corrupção e formação de organização criminosa em um suposto esquema que envolvia o pagamento de propina por empresários do setor de transportes.

Segundo o Ministério Público do Rio, entre os anos de 2014 e 2018 teriam sido desviados aproximadamente R$ 10,9 milhões dos cofres públicos.

Em abril de 2014, o TCRJ (Tribunal de Contas do Rio de Janeiro) também chegou a multar Rodrigo Neves por irregularidades no atendimento às vítimas das chuvas de abril de 2010, após constatar falha no acompanhamento e na fiscalização da concessão de aluguel social, no âmbito do Programa Morar Seguro.

Já em 2020, o MPF (Ministério Público Federal) denunciou Rodrigo Neves e outras oito pessoas por corrupção e fraude em licitações do município. Segundo a ação que tramita no TRF-2, o esquema criminoso era mantido desde 2013 e visava marcar licitações fraudulentas na publicidade da cidade.

Sentado nos bilhões dos royalties do petróleo que são utilizados pela prefeitura de Niterói para manter o alto padrão de serviços sociais do município, Rodrigo Neves tenta se aproximar do governo do PT visando contar com o apoio de Lula para a próxima eleição ao governo do estado.

Rodrigo Neves, que já foi militante do PT durante sua adolescência, se aproveita de ter entregue a única vitória de uma cidade da Região Metropolitana do Rio ao petista no pleito passado. O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a vencer nas demais cidades. Neves, ao tentar novamente alçar voos rumo ao palácio para sentar na cadeira mas alta do estado tropeça no tapete e faz com que o passado bata a porta revelando as mazelas e modos operantes nada republicano.