Ronnie Lessa depõe no STF sobre assassinato de Marielle

Lessa encontra-se detido na Penitenciária 1 do Complexo de Tremembé, no Vale do Paraíba, a 160 km de São Paulo, desde 20 de junho deste ano

O ex-sargento da Polícia Militar (PM), Ronnie Lessa, prestará depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira (27). Será a primeira vez que ele falará desde que fez uma delação premiada à Polícia Federal (PF). Lessa é acusado de ter assassinado a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em um ataque a tiros ocorrido na noite de 14 de março de 2018 no Rio de Janeiro (RJ). Na delação, Lessa revelou a identidade dos mandantes do crime.

A audiência está agendada para as 13 horas. Lessa encontra-se detido na Penitenciária 1 do Complexo de Tremembé desde 20 de junho deste ano, após solicitar a transferência, que foi autorizada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. Já se passaram cinco anos desde a prisão de Lessa pelo assassinato.

Atualmente, o caso está na fase das audiências de instrução, que antecede o julgamento pelo júri popular e a sentença final.

O assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes ocorreu na região central do Rio de Janeiro. O veículo do atirador se aproximou do carro em que Marielle estava, e 13 disparos foram feitos, resultando na morte da vereadora e do motorista. Uma assessora que estava com Marielle conseguiu sobreviver ao ataque.

Investigadores identificaram Ronnie Lessa como o executor dos disparos. Na delação premiada, Lessa apontou outros envolvidos no crime. O ex-PM Élcio de Queiroz admitiu ser o motorista do veículo utilizado no ataque.

Além de Lessa e Queiroz, estão envolvidos no caso Domingos Inácio Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro; seu irmão, o deputado federal João Francisco Inácio Brazão; o delegado Rivaldo Barbosa; e o policial militar Ronald Paulo de Alves Pereira.

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