A prisão de Andrade, ocorrida em 29 de outubro, representa mais um capítulo da complexa rede criminosa que domina o submundo carioca
Apontado como o principal bicheiro em atividade no Rio de Janeiro, Rogério de Andrade foi transferido, na manhã desta terça-feira (12), da Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino (Bangu 1) para o Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
A transferência foi autorizada pela 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, em uma operação que mobilizou quatro viaturas do Grupamento de Intervenção Tática (GIT) e do Grupamento de Serviço de Segurança Externa (GSSE), ambos da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).
Sob forte escolta, Andrade foi levado até o Aeroporto Internacional do Galeão, onde foi entregue à Polícia Federal para seguir em voo até Campo Grande, previsto para decolar por volta do meio-dia.
A prisão de Andrade, ocorrida em 29 de outubro, representa mais um capítulo da complexa rede criminosa que domina o submundo carioca, onde disputas sangrentas pelo controle do jogo do bicho e das máquinas caça-níqueis vêm à tona sem grande resistência.
A captura foi resultado de uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), que confirmou a ligação de Andrade com o assassinato de Fernando de Miranda Iggnácio, seu rival, em 2020.
As disputas entre Andrade e Iggnácio, respectivamente genro e sobrinho do falecido bicheiro Castor de Andrade, expõem a herança de violência e rivalidade deixada pelo antigo chefe do jogo do bicho. Com a morte de Castor, a luta pelo controle dos pontos de apostas clandestinas intensificou-se, levando a confrontos entre herdeiros que mantêm viva a tradição do crime organizado no estado.