O pré-candidato à reeleição, criticou as penas atribuídas aos envolvidos dos atos golpistas
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse nesta segunda-feira (15), que não considera a invasão às sedes dos Três Poderes em Brasília uma tentativa de golpe de Estado.
Nunes, ainda comparou o 8 de janeiro à invasão do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) a prédios do Ministério da Fazenda em Brasília e São Paulo, em 2015, episódio que teve a participação de seu adversário, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP).
“Se a gente entrar no Google e colocar ‘Boulos invade ministério’ vai sair na capa a foto do Boulos em cima da mesa de uma invasão de um prédio público do Ministério da Fazenda. Não tem diferença com relação à questão das invasões do prédio público (do 8 de janeiro)”, afirmou Nunes.
O prefeito descreveu os atos extremistas como contestação ao resultado das eleições de 2022, que elegeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e que foram um “atentado contra o patrimônio público”.
Durante sabatina promovida pelo site UOL e pelo jornal Folha de S. Paulo, o pré-candidato à reeleição, negou o rótulo de bolsonarista, se autointitulou “ricardista” e “defensor extremista da democracia” e criticou as penas atribuídas aos envolvidos.
“Aquelas pessoas que a gente viu ali, a grande maioria são humildes, ambulantes, aposentados”, disse Nunes, que continuou. “Elas cometeram um erro gravíssimo, têm que pagar por isso, mas eu acho que está muito distante de a gente poder dizer que aquelas pessoas tinham a intenção de dar um golpe de Estado”, afirmou o atual prefeito de São Paulo.