Ratinho Jr. defende anistia a golpistas do 8 de janeiro e minimiza falas de Lula

Além de defender a anistia, Ratinho Jr. também fez questão de minimizar a fala machista do presidente Lula

O governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), se posicionou a favor da anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em mais um exemplo do revisionismo que tenta reescrever a gravidade da tentativa de golpe.

Durante sua participação no encontro anual do movimento Todos Pela Educação, nesta quinta-feira (13), em São Paulo, Ratinho afirmou que se colocou à disposição para atuar junto a deputados em prol da anistia, mas descartou presença no ato organizado por Jair Bolsonaro (PL) no próximo domingo (16), no Rio de Janeiro.

“Sou favorável à anistia, inclusive me coloquei à disposição para trabalhar junto com os deputados que conheço para que isso possa avançar. Não acho justo que aqueles que fizeram vandalismo peguem 17 anos de prisão, mas não vou participar do ato”, disse o governador.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), que estava ao lado de Ratinho, evitou entrar no tema. Ele afirmou que, no dia da manifestação, estará focado em articulações para fortalecer sua pré-candidatura à Presidência da República. “Segundo as pesquisas, sou o governador mais bem avaliado do país. Agora falta ser conhecido. Vou dedicar esse tempo para isso”, declarou, deixando claro que sua prioridade é a construção de sua própria imagem política.

Blindagem a Lula

Além de defender a anistia, Ratinho Jr. também fez questão de minimizar a fala machista do presidente Lula, que afirmou ter colocado uma “mulher bonita” na articulação política do governo.

Questionado sobre o episódio, o governador paranaense disse não ver maldade na declaração. “Confesso que não acompanhei, mas talvez tenha sido uma tentativa de elogio. Não vejo maldade nisso”, afirmou.

A resposta segue o mesmo padrão de relativização que o próprio governo petista adotou, tentando suavizar o impacto do comentário em vez de reconhecer a necessidade de um posicionamento firme contra discursos machistas.

O evento do movimento Todos Pela Educação, que teoricamente deveria ter como foco as políticas públicas para a área, acabou servindo de palco para discursos que tentam reabilitar golpistas e suavizar declarações problemáticas do governo.

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