Policial Penal do DF é investigado por fazer sexo com detento

Outros detentos, que filmaram os atos, passaram a chantagear o policial para que ele facilitasse a entrada de drogas e aparelhos celulares

Um policial penal do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) do Distrito Federal está sendo investigado após ser flagrado em um vídeo praticando sexo oral com um detento durante o horário de trabalho. A gravação, feita por outros presos, levou à abertura de investigações internas pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape).

De acordo com informações, os detentos, de posse do vídeo, passaram a exigir que o policial facilitasse a entrada de drogas e aparelhos celulares no CPP, ameaçando divulgar as imagens caso o agente não cooperasse. A situação motivou a transferência do policial para outro presídio como medida de precaução.

O caso também está sendo investigado pelo Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que mantém a apuração em sigilo.

Em um dos episódios sob investigação, um interno foi flagrado com uma pistola sob a supervisão do policial penal. Esses incidentes, segundo as investigações preliminares, ocorriam geralmente durante o horário de almoço, quando há maior facilidade para que os presos pratiquem crimes ou se abasteçam de drogas e celulares antes de retornarem ao CPP.

As denúncias, que chegaram ao conhecimento do MPDFT em 22 de julho, indicam que o policial penal flagrado no vídeo cedeu às pressões dos detentos para facilitar a entrada de drogas e celulares, além de permitir transferências e classificação de outros presos sem resistência. O agente estaria atuando na Gerência de Obras da Seape, e o detento envolvido no vídeo prestava serviços no projeto Mãos Dadas.

O projeto do CPP visa à ressocialização de pessoas privadas de liberdade em regime semiaberto, com autorização para trabalho externo. A Seape informou que recebeu a notificação do MP e instaurou um procedimento administrativo para apurar a veracidade dos fatos.

O MPDFT, no entanto, ressaltou que a denúncia foi enviada sem informações adicionais que permitam uma linha investigativa concreta, mas o órgão já atua de forma preliminar para apurar os fatos.

A Seape-DF reforçou que os procedimentos correcionais são, por padrão, sigilosos e, por isso, não comenta ou divulga o status das investigações em andamento.

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