Policiais da PMDF que extorquiam motoristas de transporte pirata são exonerados

Os policiais aplicavam multas em excesso e retinham documentos de indivíduos que se recusavam a pagar a propina

Nesta segunda-feira (8), o Diário Oficial do Distrito Federal oficializou a exoneração de três policiais militares acusados de integrar um esquema de exploração e favorecimento ao transporte irregular. Ricardo Wagner Borges Caland, Fernando Nonato da Silva e Valdemir Quirino dos Santos foram exonerados da Polícia Militar do DF após decisão que os considerou inaptos para continuar na corporação, com perda do direito à remuneração.

A investigação conduzida pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) em 2018 descobriu que o grupo exigia propina de motoristas de transporte pirata nas regiões do Paranoá e Itapoã, em troca de não autuá-los. Além dos três excluídos, outros dois policiais também eram investigados por participação no esquema, que, segundo apurações, chegava a render até R$ 30 mil mensais.

O promotor Nísio Tostes, do MPDFT, revelou que a organização criminosa utilizava medidas coercitivas contra os motoristas que não pagavam a propina, como retenção prolongada de documentos e aplicação excessiva de multas de trânsito. O líder da quadrilha, major Nelimar de Sousa, recrutou intermediários civis para coletar as propinas dos “loteiros”, com pagamentos semanais de cerca de R$ 150 por veículo.

Essa prática criminosa permitia que os veículos que pagassem a propina circulassem sem serem abordados pela polícia, comprometendo a segurança viária e desrespeitando as leis de trânsito na região.

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