Ação da Polícia Civil do DF desmantela esquema de estelionato envolvendo pousadas fictícias; seis pessoas são presas preventivamente

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na noite deste sábado (15), a prisão preventiva de seis envolvidos na Operação Sem Reservas, coordenada pela 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia). A operação, que teve início na quarta-feira (12), visa desmantelar um esquema criminoso de fraudes no pagamento antecipado de diárias para pousadas fictícias localizadas em Pirenópolis, município goiano.

A decisão, solicitada pela PCDF, foi tomada pelo Juiz do Plantão Judicial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), que considerou a gravidade das condutas imputadas aos investigados. Segundo o magistrado, a prisão preventiva é essencial para a garantia da ordem pública, dado o vultoso prejuízo financeiro causado às vítimas e o risco concreto de reiteração criminosa, uma vez que os investigados continuavam cometendo os delitos, mesmo após a prisão de outros membros da organização.

A investigação revelou que os estelionatários aplicaram golpes em pelo menos 62 pessoas entre 2023 e 2024, com a maioria das vítimas sendo moradores de Brazlândia. Os criminosos criavam perfis falsos de pousadas de Pirenópolis, especialmente no Instagram, oferecendo diárias a preços atraentes. Após negociações realizadas via WhatsApp, as vítimas eram induzidas a realizar pagamentos via Pix. Os golpistas ainda geravam contratos falsos com timbres e logomarcas das pousadas, criando uma falsa sensação de segurança.

Uma vez realizados os pagamentos, as vítimas eram bloqueadas no WhatsApp e, ao chegarem em Pirenópolis, descobriam que haviam sido enganadas. A investigação apontou uma estrutura hierarquizada na organização criminosa, com a utilização de múltiplas contas bancárias, códigos Pix e perfis falsos para realizar os golpes.

Durante a ação conjunta entre a PCDF e a Polícia Civil de Goiás (PCGO), sete mandados de prisão temporária foram cumpridos em Goiânia, resultando na prisão de todos os envolvidos. A operação contou com o apoio de 56 policiais. Também foram cumpridos sete mandados de busca.

Este é o segundo desdobramento da PCDF em relação aos golpes envolvendo falsas pousadas de Pirenópolis. A primeira operação, denominada Pireneus, foi realizada em novembro do ano passado, resultando na prisão de três pessoas, que já são réus em ação penal por estelionato e organização criminosa.