A primeira-dama Mayara Noronha vem se movimentando para se cacifar para as próximas eleições, enquanto Fabiana Di Lúcia busca conquistar o coração de Ibaneis.
Por Mino Pedrosa
A dama que divide o trono com a dama oficial vem deixando a oficial tropeçar no salto scarpin. A trajetória da mulher que mexeu com a cabeça do governador Ibaneis Rocha e provocou uma meteórica separação está alcançando o topo no profissionalismo.
Quem está imaginando Ibaneis distante do governo petista, ledo engano. Recentemente, uma nomeação no Diário Oficial da União traz uma prova cabal da amizade entre o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o líder do poder candango.
Com um currículo excepcional, Fabiana Di Lúcia assumiu como Superintendente de Regulação Econômica e Governança Regulatória (SRG) na Agência Nacional de Mineração, órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia. Nos bastidores, o curioso é que Flávia Peres, ex-Arruda, também mantém contato com Ibaneis, que garante o seu regresso à política no Distrito Federal.
Para apimentar ainda mais as Minas e Energia, vem a tona a estreita relação que Flávia Arruda tem com o ministro Alexandre Silveira. No momento, Flávia está morando na Bahia de Todos os Santos, mas ultimamente tem passado por Brasília. A ex-Arruda manteve pelo menos três encontros com Ibaneis, e o assunto, é claro, é o retorno à política do DF ou a nomeação de Fabiana no Ministério de Minas e Energia, com Alexandre Silveira.
Em 2020, Fabiana deixou o cargo de Subsecretária de Programas e Incentivos Econômicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do GDF para assumir o cargo de Coordenadora de Regularização das Terras Rurais do Governo do Distrito Federal.
Mas a ascensão não parou por aí; o governador criou para ela a Empresa de Terras Rurais, também ligada ao GDF, assim como todos os cargos por onde Fabiana passou. Tamanho carinho chamou a atenção e a ira da primeira-dama Mayara Noronha.
Logo, a primeira-dama Mayara Noronha exigiu que o governador Ibaneis Rocha mantivesse Fabiana distante do Palácio do Buriti, mas enquanto a cabeça do governador tenta focar em outros assuntos, o coração, dividido mas não pendendo para a primeira-dama, é conquistado pela dama que conhece o coração de ouro do valete.
Recentemente, em uma viagem na tentativa de aparar as arestas do relacionamento desgastado, Mayara e Ibaneis tiveram um lampejo de separação, chegando até a considerar um contrato de separação de bens. Ao chegar em Brasília, o casal separado deixou correr a notícia de que Mayara estaria morando em uma mansão suspensa no Sudoeste, bairro nobre da capital, e Ibaneis na mansão cinematográfica no Lago Sul, porém com os pés no chão.
Com liberdade, Ibaneis tenta recomeçar uma nova vida afetiva, mas as influências que cercam Mayara a convenceram a explorar ao máximo, não a questão financeira, mas o poder político de Ibaneis. A primeira-dama deu um passo atrás e, ao pé do ouvido, exigiu de Ibaneis um apoio integral ao seu ingresso na política.
Ainda não se sabem os verdadeiros motivos pelos quais Ibaneis recuou na separação e tenta em público alimentar uma provável candidatura de Mayara a um cargo eletivo.
Com a chave na mão da caixa-preta dos segredos de Ibaneis, Mayara vai, dia a dia, ganhando espaço e colecionando opositores políticos por onde passa. Enquanto isso, a dama desfruta com segurança do supercargo e da certeza do sentimento do governador que pende para seu lado.