Para prejudicar Bolsonaro, Lula decide devolver relógio de luxo mesmo após decisão do TCU

Além de favorecer Lula, a decisão também abriu a possibilidade de reavaliar se Bolsonaro cometeu ilegalidades

Durante a reunião ministerial desta quinta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou, que irá devolver à União o relógio de luxo que ganhou de presente em 2005, em seu primeiro mandato. Mesmo após a maioria dos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) decidirem na quarta-feira (7) que o petista pode permanecer com o relógio, avaliado em cerca de R$ 60 ml.

Lula adotou uma estratégia clara para tentar prejudicar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nos dois processos no caso das joias sauditas e outros presentes recebidos no período em que ocupou o Palácio do Planalto.

A decisão do TCU, além de favorecer Lula, também abriu a possibilidade de reavaliar se Bolsonaro cometeu ilegalidades ao manter artigos de luxo recebidos da Arábia Saudita. Em 2021, um militar que assessorava o então ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) tentou entrar no Brasil com artigos de luxo não declarados, os quais foram apreendidos pela Receita Federal.

A investigação da Polícia Federal (PF) concluiu no último mês que Bolsonaro se beneficiou da venda de quatro conjuntos de joias de forma ilegal. Os itens foram vendidos nos Estados Unidos por assessores do ex-presidente e o valor dos desvios foi estimado em R$ 6,8 milhões.

Para o petista, a posição de ministros da Corte ligados a Jair Bolsonaro se alinhou à tese da defesa do ex-presidente com o claro objetivo de criar condições para absolvê-lo.

Não satisfeito, Lula ainda informou na reunião que a Advocacia-Geral da União (AGU) deverá apresentar um recurso ao TCU em relação à decisão.

 

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