Pablo Marçal é investigado por tentativa de homicídio em escalada no Pico dos Marins

Marçal exercia a função de coach e cobrava R$ 3 mil pelo treinamento na montanha; bombeiros precisaram resgatar o grupo de 32 pessoas que o seguia

A Polícia Civil de Piquete, interior de São Paulo, solicitou mais 90 dias para concluir as investigações sobre Pablo Marçal (PRTB), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, acusado de tentativa de homicídio privilegiado. O inquérito foca na liderança de Marçal em uma escalada no Pico dos Marins, em janeiro de 2022, onde um grupo de 32 pessoas enfrentou condições adversas sem equipamentos adequados durante um vendaval.

Na quinta-feira (11), o Delegado de Polícia Adilson Antônio dos Santos fez um pedido de prorrogação para realizar diligências pendentes e esclarecer todos os aspectos do caso envolvendo Pablo Marçal, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo. Caso o pedido seja aceito, o desfecho das investigações está previsto para ser divulgado pouco antes do primeiro turno das eleições municipais de 2024, marcado para 6 de outubro.

Durante uma escalada no Pico dos Marins, várias pessoas do grupo liderado por Marçal passaram mal, exigindo intervenção do Corpo de Bombeiros para resgate. À época, Marçal exercia a função de coach e cobrava R$ 3 mil pelo treinamento na montanha, mas nega qualquer responsabilidade pelo incidente.

Marçal é investigado por tentativa de homicídio privilegiado, alegando que suas ações foram motivadas por forte emoção. Um primeiro inquérito policial realizado em dezembro de 2022 não conseguiu estabelecer a responsabilidade do pré-candidato, gerando críticas do Ministério Público de São Paulo (MPSP) quanto à eficácia da investigação.

Desde então, Marçal está judicialmente proibido de participar de atividades em montanhas, picos, rios, lagos, mares ou locais correlatos sem autorização da Polícia Militar.

Em maio deste ano, o pré-candidato organizou um reality show que terminou com um participante denunciando maus-tratos à polícia. Marçal foi acusado de violar a decisão judicial que o impedia de participar de atividades ao ar livre, levando a juíza Rafaela D’Assumpção Cardoso Glioche, da Comarca de Piquete, a solicitar uma cópia do boletim de ocorrência relacionado ao incidente.

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