Cúpula do GDF manda cancelar contrato irregular com Organizações da Sociedade Civil (OSC) de Godofredo Gonçalves e fez devolver ginásio JK na cidade do Paranoá.
Por Mino Pedrosa
A farra das Organizações da Sociedade Civil (OSC) no Distrito Federal continuam a todo vapor. A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) abastece as entidades num movimento de ioiô, ou seja, vai volta, executam os projetos superfaturados e o troco vem como retorno para alguns parlamentares. A disputa entre as OSC vem trazendo a público o modus operandi com as verbas do GDF. Alguns parlamentares, como Rogério Morro da Cruz, que usou a verba de emenda parlamentar do Gabinete, transferindo para a OSC “Associação Companhia Lábios da Lua” do Gama e deixando de usar as OSC de São Sebastião para o aniversário da cidade, provocando revoltada na OSC local que estão botando a boca no trombone. Segundo o Administrador de São Sebastião, os gastos com a festa serão de 500 mil reais, mas a emenda será no valor de 300 mil reais.
O sombrio e ardiloso empresário que atua nos bastidores do Palácio do Buriti em uma busca constante por recursos públicos, Godofredo Gonçalves Filho, além de ser investigado pelas autoridades policiais e pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal, inclusive por sua proximidade com a candidata derrotada ao Senado Flávia Arruda, começa a ter problemas junto ao Governo do Distrito Federal. Sofreu uma derrota acachapante
Um de seus menores contratos, mas que expõe a sua nebulosa atuação, será rescindido pela Administração do Paranoá, comandada por Wellington Cardoso de Santana.
Durante a atual gestão, o polêmico empresário utilizou-se de irregularidades para tentar “adotar”, e assim administrar, o estádio JK. Trata-se do “Ginásio de Esportes JK” localizado no Paranoá e que possui uma área total de 3.890 m².
A decisão de anular o processo de direito de uso da área foi dada diretamente pelo núcleo duro do palácio, que começa a se preocupar com a exposição dos nebulosos negócios do empresário Godofredo Gonçalves.
A administração comandada por Wellington Cardoso recebeu a ordem do GDF para que encerrasse o Termo de Cooperação Técnica após um parecer jurídico evidenciando a ilegalidade do contrato.
O curioso, porém, é ver que o Palácio do Buriti ainda mantém, por meio das secretarias, vários contratos com o milionário empresário especialista em ganhar dinheiro público, na maioria das vezes, superfaturada.
De forma surpreendente, Godofredo Gonçalves Filho faturou no ano passado mais de R$ 100 milhões com suas traquinagem que drenam os cofres públicos do Governo do Distrito Federal.
Em meio aos milhões movimentados pelo empresário, a reportagem descobriu que a sócia de Godofredo na empresa Praxis Pesquisa, Desenvolvimento e Educação Ltda., Andréia Nunes do Espírito Santo, registrou um imóvel laranja como sendo sua residência na Junta Comercial.
Nos registros da empresa, Andréia Nunes diz morar no endereço “QNN 24, conjunto A, Lote 51, Ceilândia”, mas o Fatos Online foi ao local e descobriu que na residência mora uma família há anos.

Os tentáculos do homem que sempre busca o anonimato, mas que teve seus negócios obscuros revelados pelo Fatos Online e portal Metrópoles. A OSC que Godofredo usa para operar no governo, alcançam várias secretarias importantes do Buriti, a do Trabalho, da Mulher, da Educação, do Esporte e do Desenvolvimento Social. Está sendo investigado pelas autoridades públicas,
A prestação do serviço é diversa e é diferente para cada demanda das diferentes pastas governamentais, mas os negócios de Godofredo Gonçalves se concentram, em especial, em duas pessoas jurídicas.
Vale lembrar que as nebulosas relações do empresário também foram descobertas pelo portal Metrópoles, que chegou a informar também que a Secretaria de Trabalho pagou R$ 138 milhões em contratos superfaturados para a contratação de cursos profissionalizantes das empresas de Godofredo Gonçalves.
Negócios nebulosos
Ainda neste mês, o portal Fatos Online revelou que a Organizações da Sociedade Civil (OSC) usada por Godofredo Gonçalves está na mira do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DECOR) da Polícia Civil do DF.
Godofredo Gonçalves tenta maquiar dados com intuito de fugir da legalidade, a polícia investiga ser o número de diplomas concedidos por Godofredo, condiz com a real contratação de pessoas que realmente concluíram o curso, a suspeita de pessoas com registro de óbito que receberam diplomas após a morte. Vale lembrar o grande escândalo de recursos desviados do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT que Wigberto Tartuce, o “Vigão” como secretário da pasta desviou milhões de reais.