Por Mino Pedrosa
Neste domingo foi dada a largada da campanha rumo ao Buriti que retrata Brasília no mundo político. Um debate com o sabor de um picolé de xuxu, onde todos se conhecem muito bem, sendo alguns entrelaçados como uma trança, conhecendo a fraqueza dos adversários, mas que não a exploram para a população, que deveria ter sido a beneficiada pelo debate.
Por um lado, Ibaneis Rocha, que faz uso do anel cravejado de Ruby ($), que o permite usar a intimidade e o tráfico de influência no Poder Judiciário, para enfrentar os adversários, tanto na política, quanto no direito, ficou reconhecido no submundo de Brasília como “O doutor do anel de ouro”.
Do outro, Paulo Octávio, conhecido empresário da capital, amealhou fortuna com dinheiro de bancos públicos, a exemplo do Fundo de Pensão da Caixa Econômica, mas é originário da educação pública, onde recebeu o carinhoso apelido de “merenda”.
Há época, a escola pública acolhia estudantes de baixa renda fornecendo o alimento básico para a sobrevivência de muitos. Muitos deles, estudavam, portanto, em busca não só da qualidade de ensino, mas também da merenda que era servida nos recreios.
No debate, o empresário negou relações das suas empresas com o Poder público, mentindo, portanto, sem pudor e será desmascarado pelos contratos firmados junto ao GDF e a órgãos da União.
Já os outros candidatos demonstraram estar em sintonia contra a reeleição de Ibaneis Rocha. Entre eles, o politicamente isolado picolé de xuxu, Izalci Lucas, que mais uma vez, demonstrou não ter carisma e não saber explorar a fraqueza dos adversários, fazendo ecoar a vergonha exposta na CPI da Covid, quando o ex-secretário de Ibaneis, Francisco Araújo, sentou no banco dos reús e pouco foi contestado pelo senador, frustrando a expectativa do meio político e da população do DF.
Ao dar início ao debate, Ibaneis se mostrou na defensiva, postura diferente do candidato apresentado em 2018. Na ocasião passada, Ibaneis havia exposto o poder do anel contra os adversários. Desta vez, foram os adversários que se uniram para explorar a fragilidade de quem já está no governo.