OAB-DF: Délio Lins e Silva protege agressores de mulheres

Advogada vítima de espancamento relata à Justiça o descontrole emocional do advogado Ricardo Firmino, lutador de artes marciais, que tem sido protegido pelo presidente da OAB local
Por Mino Pedrosa

Defensor e forte praticante do corporativismo da Ordem, o atual presidente da OAB-DF, Délio Lins e Silva, encobre os olhos para o crime cometido por correligionários, mas, ao mesmo tempo, trata de usar o poder da entidade contra delitos cometidos por agressores não vinculados à instituição.

Os dois pesos e duas medidas de Délio tem sido recorrente, mas foi novamente exposto após o representante da Ordem local atuar para impedir a cassação da carteira de advogado de Cledmylon Lhayr Feydit Ferreira. O defensor, que mais ataca do que realmente defende, foi flagrado em março agredindo fisicamente a também advogada Giselle Piza de Oliveira.

A proteção a agressores vinculados à OAB-DF é visível e constatada em outro caso, quando nas dependências do “Condomínio Top Life”, em Taguatinga, o advogado Ricardo Firmino Alves Júnior espancou a advogada Rayana Kallyne Gós Silva, deixando fortes lesões por ser lutador graduado em “Jiu Jitsu”, como reforça o Ministério Público.

Veja vídeo da vítima contando a agressão sofrida:

Mesmo preso após decisão da Justiça de Taguatinga emitida em abril, o reincidente em agressões Ricardo Firmino não sofreu penalidades junto à OAB-DF, que explicitamente protege o agressor, constrangendo outros advogados da entidade.

A Justiça, porém, fez o papel que se ausenta o presidente Délio e puniu o espancador de mulheres em uma decisão primorosa.

Por outro lado, Délio Lins e Silva atua fortemente contra policiais militares que agrediram e jogaram spray de pimenta na advogada Samira Aline Souza no começo deste mês. A atuação correta de combate à brutalidade contra mulheres, infelizmente não tem sido colocada em prática quando se trata do crime de Maria da Penha ou de lesão corporal cometida por advogados amigos.

Em tempos de crescimento do feminicídio, agressores com descontrole emocional, não podem conviver livremente sem punição aos olhos da Justiça. Nos casos relatados, a Justiça tem sido rigorosa, mas a OAB-DF, pelas mãos de Délio Lins e Silva se furta de exercer o estatuto que estabelece a ética e a conduta dos que advogam pelo cumprimento da lei.

Em tempo: esclarece-se que o Cledmylson Lhayr Feydit Ferreira, foi suspenso preventivamente pela OAB mesmo antes de sua condenação, enquanto Ricardo Firmino segue impune, apesar de sentença condenatória.

Redação

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