O tráfico de influência na mira do MPDFT

Por Mino Pedrosa

Na semana passada, delegados da Polícia Civil do Distrito Federal circulavam no Ministério Público local alinhados num só objetivo, combater a corrupção logo após as eleições.

São muitos aqueles que se transformaram em alvos usando secretarias, ou seja, dinheiro público, a fim de se locupletar. Servidores de carreira, nomeados, políticos, ex-políticos, todos num só caldeirão. A mexida envolve as Secretarias de Educação, de Saúde, autarquias como a Terracap e outros órgãos da administração pública do Distrito Federal.

Um dos procuradores ficou estarrecido com o tráfico de influência de ex-políticos usando até o governador Ibaneis Rocha a fim de abocanhar verbas públicas.

Uma reunião na residência do ex-distrital Cristiano Araújo, no Lago Sul, para tratar de assuntos nada republicanos, envolveu o secretário do Tesouro, Fabrício de Oliveira Barros, o homem da caneta que faz andar faturas na velocidade que o empresário ou fornecedor desejam.

Na casa da mãe do ex-parlamentar local (foto) , estava também o secretário-executivo da Secretaria de Educação, Isaías Aparecido da Silva, além de um ponta de lança do Cristiano Araújo.

Na suspeita de estar sendo monitorado, Araújo chama a atenção do grupo, que chegou a mobilizar o empresário e presidente do sindicato dos Auditores Fiscais do DF, Jaran de Brito.

A atuação junto ao padrinho, reverteu a decisão que Ibaneis Rocha havia tomado de exonerar os servidores do governo.

Segundo fontes no MP, gravações flagram antecipações de pagamento para faturas e agrados e mimos de empresários a fim de compensar a agilidade seletiva dos servidores do grupo de Cristiano Araújo.

O ex-distrital faz parte de um processo que ainda tramita na Justiça de uma operação conjunta do MP com a Polícia Civil batizada de Operação Drácon.

Araújo goza de estreitas relações com o governador Ibaneis Rocha, o que avaliza o ex-parlamentar nas andanças junto às secretarias.

No MPDFT, há um acordo que suspende as investigações até as eleições de outubro. Contudo, os núcleos de força-tarefa continuam investigando a malversação do dinheiro público.

Já o Fabrício (foto) tem o poder da caneta há vários anos e, o que parece, é que se sustenta no cargo por agradar os empresários e os políticos. Nos bastidores, já contam como investida dura do Gaeco nas secretarias logo após as eleições, antes mesmo de tomarem posse em eventuais novos cargos.

Redação

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