Bolsonaro permanece sem apresentar movimentos intestinais eficazes, segue em jejum total e depende exclusivamente de nutrição parenteral
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, após mais uma intervenção cirúrgica no trato digestivo. O procedimento, realizado no domingo (13), teve como objetivo tratar uma obstrução intestinal.
Neste sábado (18), um novo boletim médico apontou um episódio de alteração na pressão arterial, que já teria sido estabilizado. Ainda assim, o quadro clínico está longe de ser simples: Bolsonaro permanece sem apresentar movimentos intestinais eficazes, segue em jejum total e depende exclusivamente de nutrição parenteral, ou seja, por via intravenosa.
Além disso, continua proibido de receber visitas, sob cuidados intensivos e sem qualquer previsão de alta.
Embora os médicos falem em “boa evolução clínica”, a realidade é que o ex-presidente enfrenta complicações de um histórico de cirurgias que, ironicamente, ele próprio ajudou a transformar em símbolo político.
O procedimento mais recente durou 12 horas e envolveu a remoção de aderências intestinais (as chamadas “bridas”), além da reconstrução da parede abdominal.
Essas complicações são comuns em pacientes com múltiplas cirurgias anteriores.
Especialistas lembram que a obstrução intestinal, embora grave, tem tratamento eficaz quando diagnosticada e acompanhada adequadamente. Ela pode ser causada por diversos fatores — de tumores a inflamações —, mas no caso do ex-presidente, está associada ao efeito colateral de cirurgias prévias.
Os sintomas incluem dores abdominais intensas, náuseas e retenção de gases e fezes.
O boletim médico foi assinado por uma verdadeira força-tarefa de profissionais, incluindo cirurgiões, cardiologistas, intensivistas e diretores do hospital.