Ao se aproximar da ressurreição do ex-governador Sérgio Cabral, Rodrigo Neves sonha em ocupar a principal cadeira do Palácio da Guanabara, mas ainda precisa lidar com o passado
Por Mino Pedrosa
A farra envolvendo os royalties do Petróleo continua e tem maculado a fama da cidade de Niterói, um dos municípios que mais se beneficia do dinheiro oriundo do chamado “ouro negro”.
Com ambições estaduais, o ex-prefeito de Niterói e atual secretário-executivo Rodrigo Neves tenta usar as benesses trazidas pelos royalties do petróleo para tentar se catapultar ao Palácio da Guanabara, sede do governo do estado do Rio de Janeiro.
O desejo de ser governador tem aumentado, mas se esbarra no passado nebuloso de Rodrigo Neves, que tem tentado buscar o apoio do presidente Luís Inácio Lula da Silva para realizar sua ambição.
Ao posar de “bom moço”, Rodrigo Neves tenta esconder que foi preso por três meses após ser acusado de improbidade administrativa. O poderoso político carioca também já tenta esconder dos holofotes a estreita relação que possui com o bicheiro “Capitão”, um dos maiores empresários do jogo clandestino do Brasil.
Em dezembro de 2018, Rodrigo Neves também chegou a ser abordado pela Polícia Civil do estado após ser acusado de corrupção e organização criminosa por se envolver em um suposto esquema de pagamento de propina por empresários do setor de transportes.
Dois anos depois, já em 2020, o poderoso ex-prefeito de Niterói chegou a ser denunciado pelo Ministério Público Federal, junto com outras oito pessoas, por corrupção e fraude em licitações envolvendo contratos de publicidade do rico município de Niterói.
Ainda no rastro do doleiro Dário Messer, a Polícia Federal tem na mira as estreitas relações do doleiro dos doleiros com prefeituras do Rio de Janeiro, tendo como foco principal os municípios do Rio de Janeiro e de Niterói. A lupa dos investigadores, porém, miram o ex-prefeito e atual secretário de Niterói.
Sabe-se também que em meado de abril, Rodrigo Neves esteve em Portugal em contato com algumas empresas buscando parcerias nada republicanas, o que envolve também a “Startup Braga”, ONG localizada em Portugal.