Elisângela Rocha Pires de Jesus ofendeu os seguranças e o próprio Flávio Dino em shopping de Brasília
Em decisão divulgada em 30 de outubro, a Justiça do Distrito Federal condenou Elisângela Rocha Pires de Jesus ao pagamento de indenização e à prestação de serviços à comunidade por injúria racial e difamação contra dois seguranças do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). O caso ocorreu em dezembro de 2023, em um shopping de Brasília, e foi registrado em vídeo pela própria ré.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Elisângela abordou Dino e, exaltada, dirigiu-se a ele com insultos, chamando-o de “ladrão” e afirmando que ele “roubava o país”. O comportamento da ré logo atraiu a atenção dos seguranças, que intervieram, pedindo que ela mantivesse a calma.
Ao ser abordada, no entanto, Elisângela intensificou as agressões verbais, dirigindo-se aos seguranças com injúrias racistas e chamando-os de “macacos”. Conforme relatado na ação judicial, ao descobrir que os seguranças eram maranhenses, a acusada proferiu comentários depreciativos sobre o estado, demonstrando desprezo e preconceito contra a origem dos policiais.
A condenação imposta pelo juiz inclui o pagamento de R$ 5.680 como indenização, sendo R$ 2.840 destinados a cada segurança. Na sentença, o juiz enfatizou que pessoas de estados do Nordeste sofrem frequentemente preconceito e discriminação devido à sua origem. “A conduta da ré demonstra preconceito e intolerância, que são inconciliáveis com o convívio em sociedade e incompatíveis com os objetivos fundamentais perseguidos pela Constituição da República Federativa do Brasil”, afirmou o magistrado.
Além do pagamento da indenização, a sentença determina que Elisângela cumpra serviços comunitários, cuja duração e condições serão estabelecidas pela Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas.