Mulher é assassinada a facadas pelo ex-marido no Itapoã: 13º feminicídio de 2024 no DF

Suspeito invadiu casa da vítima e se trancou com ela no quarto; mulher havia registrado uma ocorrência de lesão corporal 22 dias antes de ser morta

Na manhã de domingo (25), Daíra dos Santos Rodrigues (foto em destaque), de 22 anos, foi brutalmente assassinada a facadas pelo ex-marido, Ian de Jesus Oliveira, de 26 anos, no Itapoã, Distrito Federal. O trágico episódio marca o 13º caso de feminicídio registrado em 2024 no Distrito Federal, e o segundo em menos de uma semana.

O crime ocorreu por volta das 7h, quando Ian invadiu a casa da mãe de Daíra, arrombou a porta do quarto onde ela estava, trancou-se com a ex-companheira e a atacou com uma faca. Após o ataque, Ian fugiu do local e, até o momento, encontra-se foragido.

Daíra chegou a ser socorrida por vizinhos e levada ao Hospital Regional do Paranoá (HRP), mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito pouco após dar entrada na unidade.

Segundo informações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Ian tem um histórico de violência, incluindo passagens por furto, infrações da Lei Maria da Penha e dirigir sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A delegada-chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), Iris Helena, confirmou que havia medidas protetivas contra Ian, mas que o casal mantinha contato, mesmo após o término do relacionamento.

A motivação do crime, conforme apurado, teria sido ciúme obsessivo. Daíra havia registrado uma ocorrência de lesão corporal contra Ian 22 dias antes de ser morta. Na denúncia, ela relatou que foi agredida e sofreu um corte profundo na mão após uma discussão motivada por ciúmes.

Testemunhas descreveram que, na manhã do crime, Ian foi visto na frente da casa de Daíra, aparentando ter voltado de uma festa. Ele foi flagrado por um vizinho enquanto atacava a ex-mulher. O vizinho tentou intervir, ao desarmar Ian e levar Daíra ao hospital. No entanto, a vítima não resistiu aos ferimentos.

As polícias Civil e Militar seguem em busca de Ian, que é procurado nas proximidades do local do crime e em outras áreas onde possa ter se refugiado. O caso é investigado pela 6ª Delegacia de Polícia do Paranoá, e até o fechamento desta matéria, o autor do crime permanecia foragido.

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