Em uma declaração nas redes sociais, o ministro reafirmou a necessidade de discutir o tema em convenções e acordos coletivos
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, anunciou nesta quinta-feira (14), seu posicionamento contra a jornada de trabalho 6×1, descrevendo-a como uma prática “cruel” que concede apenas um dia de descanso após seis dias consecutivos de trabalho.
Para Marinho, essa rotina é particularmente desumana para as mulheres, que geralmente conciliam o trabalho com outras responsabilidades. Em uma declaração nas redes sociais, o ministro reafirmou a necessidade de discutir o tema em convenções e acordos coletivos, mas pediu “serenidade” ao abordar a questão, evitando uma ruptura abrupta.
Marinho destacou que, quando presidiu o Sindicato dos Metalúrgicos, conseguiu eliminar a jornada 6×1 por meio de negociação e mobilização, mas enfatizou que qualquer mudança ampla no regime de folgas precisaria ser negociada em mesas coletivas, para que todos os setores possam adaptar seus horários sem imposições unilaterais.
Essa postura se alinha com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL), que tem atraído atenção e apoio nas redes sociais ao sugerir o fim do regime 6×1, uma estrutura vigente desde a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) de 1943.
A deputada argumenta que o modelo, predominante em setores como comércio, saúde e serviços, prejudica seriamente a qualidade de vida dos trabalhadores ao impor um ritmo exaustivo.
A PEC de Hilton representa uma crítica contundente ao regime 6×1 e traz à tona a questão de modernizar práticas trabalhistas que há décadas sacrificam a vida pessoal dos trabalhadores em prol de uma continuidade operacional. No entanto, a questão ainda divide opiniões.