Ministério Público: as digitais do ex-prefeito Rodrigo nos royalties

Prefeitura de Niterói sofre devassa pelo MP-RJ que tem como alvo o ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves

Por Mino Pedrosa

Uma investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro está furando o tumor que deve ser extirpado para evitar o sangramento dos cofres da prefeitura de Niterói (RJ) comandada pelo ex-prefeito Rodrigo Neves que segundo as investigações desvia do royalties.

Um dos maiores aliados de Sérgio Cabral ex-governador condenado por corrupção, no estado do Rio de Janeiro, o sórdido ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves tem se beneficiado politicamente dos bilhões da prefeitura oriundos dos royalties do petróleo.

Enquanto a cidade de São Gonçalo sofre com a falta de saneamento, moradias, além de um sistema de saude e educação precárias, por falta de recursos, porém, a prefeitura de Niterói faz a famosa “farra do guardanapo” com dinheiro do chamado ouro negro.

Uma nova frente do Ministério Público do Rio, contudo, expõe corrupção na Emusa (Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento). As irregularidades apuradas são justamente as centenas de cargos entregues pela companhia pública a aliados políticos de Neves, como já revelado por este portal.

O órgão acusador, que poderá levar algumas pessoas em cana, investiga também o uso dos recursos do petróleo para pagar servidores de atividade fim, o que é expressamente ilegal.

Segundo apurou a reportagem, a promotoria apura a conduta da empresa “Espaço Serviços Especializados Ltda”, terceirizada da Emusa. Para a promotora Renata Scarpa, responsável pelo caso, a investigação indica “possível sobreposição” de valores pagos a funcionários.

Os contratos multimilionários, porém, contrasta com a situação vivida pela cidade vizinha a Niterói, São Gonçalo, que teve um recursos recentemente aceito por unanimidade no TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), liberando depósitos que haviam sido depositados em juízo referentes a royalties.

O escândalo em torno dos “fantasmas” da Emusa, expõe um aspecto pouco lembrado: a farra com o dinheiro advindo dos royalties de petróleo é um escândalo a ser minuciosamente explorado e revelado.

No papel, a Emusa conta com mais de mil funcionários, sendo 600 deles “assessores técnicos”, mas, na prática, conta com menos de cem servidores realmente úteis.

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