Marçal x Boulos causa bate-boca entre deputados na CLDF

O pastor Daniel de Castro chegou a acusar Lula de proteger criminosos enquanto “patriotas” ainda estavam presos após os eventos golpistas de 8 de janeiro

Na sessão desta quarta-feira (11), da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), uma troca acalorada de acusações entre deputados de esquerda e direita desceu ao nível de chamar candidatos à Prefeitura de São Paulo de criminosos.

A disputa teve início quando a deputada Paula Belmonte trouxe a nomeação de Macaé Evaristo como ministra dos Direitos Humanos. Belmonte criticou a escolha, alegando que Evaristo estava envolvida em um caso de corrupção relacionado à compra de material escolar.

A discussão esquentou ainda mais quando o pastor Daniel de Castro (PP) se manifestou, aproveitando a oportunidade para lançar ataques contra Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alegando que o governo estava ciente dos crimes há meses.

Castro também acusou Lula de proteger criminosos enquanto “patriotas” presos após os eventos golpistas de 8 de janeiro ainda estavam na cadeia.

O pastor foi além e dirigiu suas críticas ao candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), chamando-o de “incitador de invasões” e comparando-o com criminosos que, segundo ele, não foram responsabilizados por crimes graves como terrorismo e ataques à propriedade privada.

Fábio Felix (PSOL) rebateu com uma crítica feroz, acusando Daniel de Castro de estar desinformado e de ter uma “imaginação um pouco maior” devido à ausência do Twitter.

Felix refutou as alegações, destacando que Boulos não tem condenações criminais e liderou um movimento por moradia, em contraste com Pablo Marçal (PRTB), a quem chamou de “candidato do PCC” e “queridinho da extrema direita”.

Paula Belmonte, que presidia a sessão, acrescentou uma nova camada à confusão ao afirmar que Boulos “só não foi condenado porque não foi encontrado há seis anos”. Ela também criticou o presidente Lula, chamando-o de condenado em três instâncias.

Daniel de Castro defendeu Marçal, alegando que qualquer crime associado a ele já havia prescrito e que as acusações contra ele eram infundadas. Castro também alegou que Marçal era apenas um advogado e tentou desqualificar as alegações feitas por seus adversários políticos.

A sessão foi encerrada após esse tumulto.

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