Marçal nega acusações e mantém apoio a Bolsonaro, apesar de não vê-lo como único líder da direita

Marçal negou que haja irregularidades em sua campanha e afirmou que a condenação em primeira instância, sofrida por ele em 2010 pela Justiça de Goiás, já prescreveu

O candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, concedeu entrevistas em meio a um cenário tumultuado. A polêmica gira em torno da campanha do influenciador, que teve as redes sociais temporariamente suspensas pela Justiça no último sábado (24). De acordo com a decisão, a suspensão dos perfis de Marçal foi motivada por alegações de abuso econômico. Ele, por outro lado, nega que tenha promovido “campeonatos de cortes de vídeos” entre seus seguidores para impulsionar a candidatura. Durante uma entrevista cedida à CNN, Marçal ainda reafirmou apoio a Jair Bolsonaro, mas atacou Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente.

O candidato do PRTB declarou que não irá se opor a Jair Bolsonaro, a quem considera um “grande líder”. Apesar de um recente desentendimento entre eles nas redes sociais, onde Bolsonaro respondeu a Marçal com ironia, o influenciador alegou, sem apresentar evidências, que o comentário foi publicado pelo vereador Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente. Marçal também criticou Carlos, chamando-o de “retardado” e afirmando que ele prejudicou Bolsonaro na eleição anterior.

Em outra entrevista, cedida à Folha, ao abordar a relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, Marçal destacou que a conexão entre eles está normal. Todavia, o candidato afirmou que Bolsonaro não exerce controle sobre o eleitorado bolsonarista e que ele mesmo continuará apoiando o ex-presidente, apesar de haver ressalvas à atual situação política de Bolsonaro.

Acusações

Ao falar sobre as acusações de abuso de poder econômico, o influenciador disse que os campeonatos de cortes foram interrompidos antes do início da campanha eleitoral, mas foi evasivo ao especificar a data exata. Ele também disse que não contratou robôs para gerar novos seguidores, embora não descarte a presença de contas automatizadas entre os quase 3 milhões de seguidores na nova conta do Instagram.

Já sobre as críticas de adversários e suspeitas de irregularidades acerca do conteúdo propagado em suas redes, Marçal se posicionou contra as acusações e defendeu que não houve violação da legislação eleitoral. Ele argumentou que a suspensão das redes sociais prejudica sua campanha e afirmou que não teve notificação prévia sobre a decisão judicial.

Além disso, Marçal se manifestou sobre as acusações de vínculos entre integrantes de seu partido, o PRTB, e o crime organizado, pedindo ajuda para “limpar” o partido e destacando a necessidade de investigações rigorosas. Quanto à condenação anterior de participação em um esquema que desviava dinheiro de bancos em 2010  Marçal reiterou que o processo foi prescrito. De acordo com a Justiça de Goiás, o candidato foi condenado em primeira instância por furto qualificado. Durante a entrevista, ele também afirmou que pretende implementar propostas inovadoras para São Paulo, como teleféricos, que o influenciador considera mais econômicos e ecológicos do que alternativas tradicionais

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