Debate pela prefeitura de São Paulo é marcado por trocas de insultos; Tabata ingressa com nova ação

Participação de Marçal nos debates fez com que os demais candidatos exigissem regras mais severas para participar do evento

O candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), tornou-se o principal alvo dos demais candidatos durante o debate promovido por Gazeta e MyNews no domingo (dia 1º). Marçal avançou, em média, sete pontos nas pesquisas eleitorais nas últimas duas semanas. O evento, marcado por uma série de ataques e discussões acaloradas, também contou com direitos de resposta e intervenção frequente da mediadora Denise Campos de Toledo. Entre os insultos trocados entre os candidatos estavam “delinquente”, “invasor sem vergonha”,”tchutchuca do PCC” e “bandido”. Já a candidata Tabata Amaral (PSB) informou que havia ingressado com uma nova ação contra Marçal. Embora algumas propostas tenham sido discutidas, o tema da segurança foi o principal foco.

O debate anterior, realizado em 19 de agosto, não contou com a participação de Boulos, Nunes e Datena, que alegaram que o formato servia apenas para divulgar os ataques de Marçal e que era necessário implementar regras mais rígidas para uma discussão construtiva. Neste domingo, com novas regras estabelecidas, incluindo a possibilidade de advertência e expulsão, os cinco principais candidatos compareceram ao debate. O evento foi realizado sem plateia, e cada candidato teve direito a apenas dois assessores. Foi proibido o uso de celulares e qualquer outro material durante o programa, e os candidatos não puderam se afastar de seus púlpitos ou se aproximar dos adversários.

Marçal enfrentou debates intensos com Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), que também estão na liderança das pesquisas. Mesmo quando não estava diretamente envolvido nas discussões, Marçal foi alvo de críticas de Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB).

Datena e Marçal

Um momento marcante do debate ocorreu quando Datena deixou seu púlpito e se aproximou de Marçal, após o influenciador o provocar. Marçal chamou Datena de “playboy” e “multimilionário”, enquanto Datena respondeu com ofensas, chamando Marçal de “vagabundo” e “mentiroso”. Marçal acusou Datena de querer agredi-lo e expressou descontentamento com a participação do apresentador ao afirmar que era “triste” ver o que estava acontecendo. O influenciador também foi criticado por usar palavrões e por não respeitar os limites de tempo estabelecidos.

Datena também atacou Marçal, relembrando condenações passadas e chamando-o de “bandidinho virtual”. Nunes foi igualmente criticado, com os rivais destacando sua suposta ligação com a máfia das creches e a infiltração do PCC em empresas de ônibus da cidade.

Após o debate, a tensão entre Datena e Marçal aumentou, levando a um confronto físico entre Marcos Vidal, assessor de Marçal, e José Aníbal (PSDB), vice de Datena. Os dois tiveram que ser separados.

Marçal, com o discurso antissistema, observou que os demais candidatos estavam colaborando para atacá-lo. “Fecharam um consórcio para tentar parar o líder do campeonato”, afirmou. Ele também provocou os adversários ao dizer que gostava da “baixaria” do debate.

Nunes e Boulos

Marçal não hesitou em atacar Boulos e Nunes, ironizando Boulos como “Boules” e questionando se ele havia usado substâncias alucinógenas. Em relação a Nunes, Marçal afirmou que o apoio bolsonarista estava se deslocando para sua candidatura, chamando-o de “bananinha” e insinuando que ele precisava esconder seu apoio a Bolsonaro.

Além disso, Marçal acusou Boulos e Nunes de estarem ligados ao PT e ao escândalo do petrolão, e criticou Nunes por sua proximidade com os ex-governadores João Doria e Rodrigo Garcia.

Nunes e Boulos também se enfrentaram e ambos receberam direitos de resposta após trocarem ofensas. Boulos chamou o atual prefeito de “ladrãozinho de creche” e Nunes revidou ao falar que Boulos é um “invasor sem vergonha”. Marçal entrou em conflito com o jornalista Josias de Souza, da Gazeta e do UOL, acusando-o de “militância no jornalismo” após um questionamento sobre uma declaração controversa dada em um podcast.

Nova ação contra Marçal

Durante o debate, Tabata Amaral revelou que havia ingressado com uma nova ação na Justiça Eleitoral contra Marçal, acusando-o de usar financiamento irregular para promover seus perfis nas redes sociais, que já haviam sido suspensos anteriormente. Ela também ironizou o nome de Marçal, comparando-o ao traficante colombiano Pablo Escobar. Nunes, por sua vez, chamou Marçal de “tchutchuca do PCC” devido a alegações de vínculo com o crime organizado, e Boulos mencionou uma nova condenação trabalhista envolvendo Marçal.

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