Maioria dos eleitores concordam com críticas de Lula ao Banco Central

Também houve uma leve melhora na aprovação do mandatário, que obteve 54% de aprovação em junho, um aumento em relação a maio, quando o índice foi de 50%

Uma nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (10), mostra que a maioria dos entrevistados concorda com as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à política de juros do Banco Central, liderado por Roberto Campos Neto. Segundo o levantamento, 66% dos entrevistados apoiam as críticas de Lula, 23% discordam e 11% não souberam ou não responderam.

A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 8 de junho com dois mil eleitores acima de 16 anos, com um nível de confiança de 95% e uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. De acordo com o dados obtidos, as recentes declarações do presidente Lula obtiveram aprovação dos entrevistados em diversos aspectos, além das críticas à política de juros do Banco Central.

De acordo com a pesquisa, 90% dos entrevistados concordam que o salário mínimo deve ser aumentado anualmente acima da inflação, enquanto 8% discordam e 2% não souberam ou não responderam. Em suas declarações recentes, Lula reafirmou que a política de valorização do salário mínimo será mantida e não sofrerá cortes de gastos para equilibrar as contas públicas.

Outro ponto abordado pela Genial/Quaest foi a defesa de Lula para que a carne consumida pela população mais pobre tenha isenção de impostos. Nesse aspecto, 84% dos entrevistados concordam, 14% discordam e 2% não souberam ou não responderam. Lula também defendeu uma revisão no Cadastro Único, que permite o acesso das famílias de baixa renda a diversos programas sociais do governo. Sobre essa questão, 83% dos entrevistados concordam, 15% discordam e 2% não souberam ou não responderam.

A pesquisa também investigou as críticas de Lula ao mercado financeiro, onde ele afirmou que seu governo deve satisfação aos mais pobres e não ao mercado. Sobre essa questão, 67% dos entrevistados concordam, 29% discordam e 4% não souberam ou não responderam.

Em entrevistas recentes, principalmente para emissoras de rádio, o presidente Lula tem intensificado suas críticas à taxa Selic, atualmente em 10,5%. Ele considera a taxa “exagerada” e argumenta que uma política de juros altos não é adequada quando a inflação está sob controle. Lula afirmou que o Banco Central não pode agir contrariamente aos desejos da população. Sobre a questão dos juros serem “muito altos” no Brasil, 87% dos entrevistados concordam com Lula, 10% discordam e 3% não souberam ou não responderam.

Nível de aprovação do governo

Os pesquisadores também avaliaram o nível de aprovação do presidente Lula. Nesse aspecto, houve uma leve melhora na aprovação do mandatário. Segundo o levantamento, o governo Lula atingiu 54% de aprovação, um aumento em relação à rodada anterior de maio, quando o índice foi de 50%. Nesta edição, 43% desaprovam a gestão, ante 47% no levantamento anterior.

A avaliação geral do governo também apresentou melhora. O número de entrevistados que consideram o trabalho do presidente como positivo subiu de 33% para 36%. Aqueles que avaliavam como negativo, que também eram 33% em maio, agora representam 30%.

No entanto, a pesquisa indica que, para a maioria dos entrevistados, 36%, a economia no Brasil piorou nos últimos 12 meses. Outros 32% acreditam que a economia permaneceu inalterada e 28% avaliam que houve melhora.

 

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