Maduro abre nova ofensiva contra Milei e quer investigá-lo por caso de criptomoeda

Desde setembro de 2024, a Justiça chavista já mantinha um mandado de prisão preventiva contra o presidente argentino

O governo autoritário de Nicolás Maduro voltou a atacar o presidente da Argentina, Javier Milei, agora com a justificativa de uma suposta fraude envolvendo a criptomoeda $Libra. O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou nesta terça-feira (18) que a Justiça venezuelana pretende investigar Milei, alegando que suas ações podem ter prejudicado cidadãos do país.

O caso teve início no último fim de semana, quando Milei divulgou em seu perfil no X (antigo Twitter) a criptomoeda $Libra. O ativo digital teve uma valorização meteórica após o endosso do presidente argentino, mas logo despencou, levantando suspeitas de um golpe financeiro.

A repercussão negativa fez com que Milei virasse alvo da oposição na Argentina, que já cogita a abertura de um processo de impeachment contra ele.

Aproveitando a polêmica, o regime chavista rapidamente se movimentou para inserir Milei em mais um processo judicial duvidoso.

Segundo Saab, o Ministério Público da Venezuela tem competência para investigá-lo, pois a suposta fraude teria impactado também venezuelanos. “A ação criminosa de Milei não afetou apenas os argentinos, mas também bons cidadãos venezuelanos. Portanto, abriremos uma investigação”, afirmou Saab durante participação no programa propagandístico Con Maduro+.

Perseguição política

Essa nova ofensiva da ditadura venezuelana contra Milei não acontece por acaso. Desde setembro de 2024, a Justiça chavista já mantinha um mandado de prisão preventiva contra o presidente argentino, acusando-o de crimes como roubo agravado, privação ilegítima de liberdade e interferência na aviação civil.

O estopim para essa perseguição foi a apreensão de uma aeronave venezuelana na Argentina, em 2022. O avião acabou confiscado pelos Estados Unidos no início de 2024, com a aprovação de Milei, o que irritou profundamente Maduro.

Agora, o regime venezuelano usa a polêmica da criptomoeda como pretexto para aprofundar sua guerra contra o líder argentino.

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