Lula volta a prometer picanha e culpa “ladrão do ovo” pelo aumento dos preços

Entre as declarações mais curiosas do evento, Lula tentou justificar a disparada no preço dos ovos, que ele próprio classificou como inexplicável

Em mais uma tentativa de manter vivo o discurso eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva repetiu, nesta sexta-feira (14), a promessa de que os brasileiros voltarão a comer picanha. Durante um evento em Sorocaba (SP), o petista afirmou que o preço da carne vai cair, embora o consumidor ainda não tenha visto sinais concretos dessa mudança no bolso.

Segundo Lula, o governo está promovendo reuniões com produtores para tentar reduzir o preço dos alimentos. “Estamos numa briga tremenda”, afirmou.

Lula fez questão de exaltar o desempenho de seu governo, alegando que o Brasil atingiu o menor nível de desemprego da história e que a economia continua crescendo. Entretanto, ele também reconheceu que os preços dos alimentos continuam um problema – algo que não passou despercebido pela população, que enfrenta a alta constante no custo de vida.

O discurso sobre a suposta melhora na economia contrasta com os preços nas prateleiras dos supermercados. A promessa de picanha, que embalou sua campanha em 2022, ainda não saiu do papel, e a realidade enfrentada pelos brasileiros é um custo de vida cada vez mais pesado.

O “ladrão do ovo”

Entre as declarações mais curiosas do evento, Lula tentou justificar a disparada no preço dos ovos, que ele próprio classificou como inexplicável. Segundo o presidente, o Brasil deve produzir 59 bilhões de ovos em 2025, mas mesmo assim, o preço continua subindo.

“Até hoje não encontrei explicação sobre o preço do ovo. Estou querendo descobrir onde tem ladrão que roubou o direito de comer ovo do povo”, disse o petista, insinuando um culpado oculto para a inflação. Além disso, ironizou justificativas sobre o impacto do calor na produção: “Estão jogando a culpa em cima das galinhas […] não aceitamos isso”.

Lula ainda citou um levantamento em que o preço de uma cartela com 30 ovos teria saltado de R$ 144,05 para R$ 210 entre janeiro e fevereiro deste ano.

A nova promessa de redução no preço da carne e dos ovos se junta a uma longa lista de discursos otimistas que esbarram na realidade. Apesar das reuniões com produtores e das declarações enfáticas, a inflação dos alimentos segue sendo um problema grave para milhões de brasileiros.

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