Lula sugeriu que fossem realizadas novas eleições na Venezuela e criticou o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, que recentemente expulsou o embaixador brasileiro em Manágua

Em uma reunião de aproximadamente três horas com líderes partidários, o presidente Lula (PT) expressou um crescente distanciamento do regime de Nicolás Maduro. Lula sugeriu que, se fosse o líder venezuelano, convocaria novas eleições para esclarecer as dúvidas sobre a legitimidade do processo eleitoral.

O encontro também abordou a declaração conjunta com o presidente colombiano Gustavo Petro, divulgada no sábado (24). No comunicado, Lula e Petro enfatizaram a necessidade de divulgar as atas detalhadas e confiáveis de todas as seções eleitorais para garantir a credibilidade da vitória de Maduro. Lula demonstrou surpresa pelo fato de Maduro ainda não ter reagido ao documento e destacou a importância da posição conjunta, dado o extenso contato entre os países e a Venezuela.

Além disso, Lula criticou o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, que recentemente expulsou o embaixador brasileiro em Manágua, Breno de Souza da Costa. A medida foi vista como uma retaliação ao congelamento das relações bilaterais, resultado da tentativa de Lula de interceder pela liberação de um bispo católico perseguido pelo regime nicaraguense.

No final da reunião, Lula revelou que, após uma discussão com ministros que já atuaram como governadores, surgiu a ideia de organizar um debate sobre segurança pública com todos os governadores do país.