Segundo Haddad, Lula discutirá a indicação do BC diretamente com o presidente do Senado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mais uma vez, voltou a criticar a taxa de juros. Em discurso nesta quarta-feira (14), o petista chamou a questão de “briga eterna”.
“Baixar os juros é uma briga nossa eterna nesse país. Mas, mesmo se o juro for zero, se o cara não tiver dinheiro para consumir, ele não vai consumir”, disse o chefe do executivo.
Segundo Haddad, Lula discutirá a indicação diretamente com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já que o Senado é responsável por sabatinar e aprovar o nome indicado.
Lula x Campos Neto
Lula já criticou o fato de o presidente da República eleito, não poder indicar diretamente o presidente do Banco Central. Ele elucidou que está há dois anos com o presidente do BC que foi indicado pelo ex-presidente Bolsonaro.
Campos Neto ainda relembrou que, em 2022 a taxa de juros chegou 13,75%, a maior em um ano eleitoral. “Se isso não é uma prova de que você é independente, e você agiu autonomamente, é difícil encontrar outro exemplo como esse”, disse o presidente da autarquia.
Ele inclusive, já deixou claro que não irá se afastar do cargo antes do fim de seu mandato, mesmo após pressões impostas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O petista defendeu que o correto seria o presidente da República fazer a indicação do presidente do BC e, se necessário, removê-lo. O mandatário ainda citou como exemplo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que removeu três presidentes do BC durante o mandato.