Lira acredita que o presidente Lula não irá interferir na escolha para a presidência da Câmara e confirmou que pretende articular a sucessão do comando da Casa Legislativa em agosto, na volta do recesso do Congresso Nacional
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), declarou, na manhã desta sexta-feira (19), que busca trabalhar por uma candidatura consensual na sucessão à presidência da Casa legislativa. Apesar dessa intenção, ele ponderou: “não afirmamos que vamos ter candidatura única”. O novo dirigente assumirá o comando da Câmara a partir do próximo ano.
Sobre uma possível interferência do presidente da República nessa escolha, considerando a importância do presidente da Câmara na relação com o governo, Lira afirmou: “Lula sempre deixou claro que não queria se meter na sucessão da Câmara”. A declaração foi dada durante uma entrevista à GloboNews.
Lira confirmou ainda que pretende articular a sucessão do comando da Casa Legislativa em agosto, na volta do recesso do Congresso Nacional. A eleição para a presidência da Câmara ocorrerá em fevereiro de 2025. Ele argumentou que o ideal é a escolha de um nome que dê continuidade aos trabalhos que a Casa já vem executando, ressaltando que o foco não é em “uma pessoa específica”. “Escolherei candidato a sucessor que preserve atribuições da Câmara”, destacou.
Preferências
Durante a entrevista, Lira mencionou sua amizade “mais próxima” com um dos concorrentes ao posto, o deputado Elmar Nascimento (União-BA), o que, segundo ele, leva a imprensa a considerá-lo seu preferido. “Se dependesse do meu voto, talvez ele fosse o escolhido, mas a Casa é democrática”, frisou, complementando que é necessário respeitar a vontade da maioria.
Lira citou que, além de Elmar, os deputados Antonio Brito (PSD-BA) e Marcos Pereira (Republicanos) também despontam como fortes candidatos à sua sucessão. Ele acredita que deverá surgir um nome de consenso desse bloco, que inclui a maioria dos partidos da Casa, com exceção de PSOL, Rede e Novo.
Relação com o governo
Na entrevista, o presidente da Câmara reiterou que o governo do presidente Lula não enfrentou dificuldades nas votações de pautas na Câmara. No entanto, ele destacou que é preciso considerar que o Congresso Nacional tem um perfil mais conservador.