Eurípedes é acusado de desviar R$ 36 milhões do Pros; caso que teve início com denúncias feitas por Marcus Vinicius Chaves de Holanda, ex-presidente do partido e rival político
A Justiça Eleitoral do Distrito Federal concedeu liberdade provisória a Eurípedes Júnior, ex-presidente do Solidariedade, que havia sido preso no contexto da Operação Fundo do Poço. Esta operação, conduzida pela Polícia Federal (PF), visa investigar desvios nos fundos partidário e eleitoral do extinto Partido Republicano da Ordem Social (Pros).
Eurípedes é acusado de desviar R$ 36 milhões do Pros, sendo réu em um caso que teve início com denúncias feitas por Marcus Vinicius Chaves de Holanda, ex-presidente do partido e rival político. O Pros foi incorporado ao Solidariedade no ano passado, antes da prisão de Eurípedes.
O juiz Lizandro Garcia Gomes Filho, da 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, autorizou a liberação provisória de Eurípedes, impondo condições como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de contato com outros investigados.
O Ministério Público Eleitoral (MPR) acusa Eurípedes de liderar uma organização criminosa, que incluiria membros de sua família, como sua esposa, duas filhas, um irmão, uma cunhada, um primo e a esposa do primo. O esquema de corrupção envolvia uma fundação partidária e práticas de lavagem de dinheiro por meio de negociações imobiliárias e consultorias jurídicas superfaturadas.
Eurípedes foi detido em 15 de junho, após ter passado três dias foragido. Na mesma ocasião, ele pediu licença da presidência do Solidariedade por tempo indeterminado. O partido divulgou um comunicado alegando que as acusações são anteriores à fusão com o Pros.
“A defesa de Eurípedes apresentou argumentos que refutam a maioria das acusações do MP, e a soltura foi a medida esperada”, afirmou a defesa em nota. Eurípedes é representado pelos advogados Fábio Tofic e José Eduardo Cardozo.