Após decisão do STF, Grazielly Barbosa deverá usar tornozeleira eletrônica e cumprir restrições enquanto responde por homicídio com dolo eventual e outros crimes
A Justiça de Goiânia determinou as medidas cautelares que Grazielly da Silva Barbosa, acusada de homicídio com dolo eventual, deverá cumprir enquanto permanecer em prisão domiciliar. A decisão, publicada nesta quinta-feira (7) pela 3ª Vara de Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF) conceder a prisão domiciliar à empresária, responsabilizando a Justiça local pelo estabelecimento das restrições.
Dona da clínica de estética Ame-se, em Goiânia, Grazielly é acusada pela morte da influencer brasiliense Aline Maria Ferreira, de 33 anos, que realizou um procedimento de aumento de glúteos no estabelecimento. Segundo a decisão, Grazielly deve usar tornozeleira eletrônica por um período inicial de seis meses, comparecer a todos os atos judiciais para os quais for intimada e informar qualquer alteração de endereço.
Grazielly foi presa em julho, logo após a morte de Aline, ocorrida em 2 de julho, nove dias após o procedimento. A investigação apontou que a falsa biomédica atuou em condições irregulares e negligentes, incluindo privação de sono e possível uso de substâncias psicotrópicas. Segundo a delegada responsável pelo caso, registros do celular de Grazielly mostram que ela esteve em uma festa até as 7h da manhã e, apenas três horas depois, iniciou contato com Aline, sugerindo que o atendimento ocorreu sem repouso adequado.
Em 10 de outubro, Grazielly foi indiciada pelos crimes de homicídio com dolo eventual, exercício ilegal da medicina, execução de serviço de alta periculosidade, falsificação de produto farmacêutico e indução do consumidor ao erro.