Por Mino Pedrosa
O Tribunal de Justiça de São Paulo julga, no próximo dia 30, o habeas corpus pleiteado pela defesa de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, acusado de envolvimento com operações financeiras lastreadas em bitcoins e de ter sido um dos mandantes da morte de um integrante de facção criminosa em 2021. A defesa nega as acusações, sustenta que Gritzbach nunca transacionou com bitcoins e não participou do assassinato de Anselmo Santa fé, o chamado Cara Preta. Por não integrar organização criminosa, a defesa de Gritzbach teme pela vida dele dentro do presídio.
Gritzbach, que respondia ao processo em liberdade, era um dos mais bem sucedidos corretores de imóveis do Tatuapé, bairro de grande valorização nos últimos anos na capital paulista, até ser preso no início de fevereiro. Imóveis de alto padrão atraíam para esse bairro tradicional da Zona Leste principalmente moradores que começavam a fazer fortuna na capital.
Muitos desses cidadãos procuraram também Pablo Henrique Borges para investir em bitcoins. Pablo é conhecido da polícia por dar um golpe de 400 milhões de reais em bancos. Policiais calculam que o esquema capitaneado por Pablo com bitcoins causou outro prejuízo de milhões de reais a inúmeros investidores, incluindo membros de facções criminosas. Pablo foi detido quando estava em uma mansão localizada em Angra dos Reis, Costa Verde do litoral fluminense. Ficou preso alguns dias e liberado. Seu celular nunca foi apreendido e ele não é mais investigado. Vale lembrar que o homem acusado de contratar o autor dos disparos que matou Anselmo, Davi Moreira da Silva, era seu segurança.