Segundo as investigações da Polícia Civil, R$ 11 mil teriam sido repassados diretamente a Nunes
Uma investigada ouvida pela Polícia Federal (PF) no caso sobre um suposto esquema de desvio de recursos de creches afirma que o prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), recebeu dinheiro fruto do desvio de unidades de ensino infantil da cidade no período em que atuava como vereador.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, Rosângela Crepaldi, é funcionária de um escritório de contabilidade suspeito de articular emissão de notas fiscais frias para lavar o dinheiro desviado das creches.
De acordo com a descrição do suposto esquema, as ONGs que administram creches municipais teriam recebido de volta parte do dinheiro contabilizado como despesas com materiais.
As empresas faziam os repasses via cheques, depósitos e boletos, beneficiando pessoas ligadas à administração dessas entidades.
Ainda segundo as investigações da Polícia Civil, R$ 11 mil teriam sido repassados diretamente a Nunes por meio da empresa Francisca Jacqueline Oliveira Braz Eireli, a suposta ‘noteira’ do caso.
Defesa
O atual prefeito da cidade de São Paulo, apontou objetivo eleitoral nessas acusações e disse que “em nenhum momento” foi indiciado ou investigado nesse caso.
“Estamos a dois meses da eleição, infelizmente sempre tem essa situação das pessoas criarem contexto. Esse processo tem mais de 20 mil folhas, em nenhum momento aparece a citação do meu nome, inclusive há mais de dois anos foi pedido para mim alguns esclarecimentos. Prestei todas as informações necessárias. Nunca tive nenhum indiciamento, não tenho nenhum processo, nenhuma condenação. Então a gente tem uma pessoa que está indiciada, que tem uma questão muito forte com relação à prática de ilegalidades, querendo atuar num processo eleitoral de uma forma totalmente injusta”, disse o prefeito.