Ministro da Fazenda criticou a prática de adiar o pagamento de benefícios previdenciários e gerar mais precatórios, que são quitados após um período de dois anos, como forma de adiar despesas
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta terça-feira (20) que a correção de distorções em programas sociais não deve ser vista como cortes e defendeu a importância do controle rigoroso das políticas para que elas permaneçam eficazes. Ele enfatizou que o governo conduz uma revisão cuidadosa para identificar e corrigir falhas nos benefícios.
Durante um evento sobre “Perspectiva Econômica Brasileira” promovido pelo BTG-Pactual em São Paulo, Haddad destacou que é crucial ter programas sociais bem estruturados e transparentes, com verificações mensais das condições de elegibilidade. Ele alertou que, sem esse controle, o programa pode perder seu objetivo de combater desigualdades.
O ministro também observou que o momento atual é oportuno para implementar os ajustes. Ele mencionou um artifício anterior usado para adiar o pagamento de benefícios previdenciários, gerando precatórios que eram contabilizados somente após um período de dois anos. O truque parecia vantajoso porque permitia evitar despesas primárias imediatas e transferir o custo para um período futuro, sem afetar o teto de gastos definido pela PEC dos Precatórios. No entanto, Haddad criticou a prática, considerando-a prejudicial para o País.