Com 99% de rejeição, os servidores decidiram recusar a proposta apresentada pelo governo
Nessa segunda-feira (22), o Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) recusou, a nova proposta de reajuste salarial do governo Lula (PT), e ainda decidiu iniciar uma greve pelo período de 48 horas. De 31 de julho até 1º de agosto.
De acordo com o Sinagências, o governo federal propôs reajuste de até 21,4%, para os cargos de carreira, e de até 13,4%, para servidores no Plano Especial de Cargos (PEC).
Os servidores recusaram a proposta apresentada pelo governo, com 99% de rejeição, por entenderem que os percentuais oferecidos “não contemplam as condições mínimas necessárias para valorização da categoria”.
O sindicato representa os servidores das seguintes agências:
- Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Ana);
- Agência Nacional de Aviação Civil (Anac);
- Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel);
- Agência Nacional de Mineração (ANM);
- Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS);
- Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel);
- Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq);
- Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT);
- Agência Nacional do Cinema (Ancine);
- Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP); e
- Agência Nacional Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Com todos os atos, os servidores esperam chamar a atenção da sociedade para a necessidade de valorização da Regulação no país, além de pressionar o governo a equiparar as carreiras das agências com as do Ciclo de Gestão”, disse o sindicato.
Nova greve
Na última terça-feira (16), os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entraram em greve por tempo indeterminado. Entre os pedidos da categoria estão recomposição de perdas salariais, valorização profissional e melhores condições de trabalho.
No mês de abril, ao menos 54 universidades, 51 institutos federais (IFs) entraram em greve. Professores e servidores das instituições reivindicam reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e revogação de normas aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro.
Os professores das universidades federais decidiram encerrar a greve nacional dos docentes, após mais de 60 dias de negociações com o governo Lula.