Goiás: crimes com a máscara da lei

Abordagem em advogado por policiais fora dos limites da rodovia federal (BR-070) levanta suspeitas de perseguição, mas Ordem dos Advogados não vai deixar barato.

Por Mino Pedrosa

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) apresentou uma denúncia formal contra Jetson José da Silva, antigo Superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Distrito Federal, no governo do ex presidente Bolsonaro, sob a acusação de envolvimento em práticas ilícitas, incluindo abuso de autoridade, prevaricação e outro crimes. A denúncia, que também se estende a Romero Toletino, outro agente da PRF, centra-se no alegado tratamento inadequado dispensado ao advogado Fernando Rodrigues.

Conforme relatado pela OAB, a dupla de agentes da PRF teria violado normas legais ao deter Rodrigues de forma questionável. Relatos indicam que a abordagem ocorreu fora dos limites da Rodovia Federal (BR 070), onde Silva e Toletino realizaram uma inspeção no veículo de Rodrigues em busca de substâncias ilícitas e armamento, negando ao advogado a possibilidade de acompanhar o procedimento.

Após a inspeção não resultar na localização de itens proibidos, Silva insistiu para que Rodrigues se submetesse a um teste do etilômetro, solicitação esta que foi recusada com base na ausência de legalidade da revista veicular. Posteriormente, na delegacia, Silva imputou a Rodrigues comportamento de condução perigosa, alegando manobras em zigue-zague e excesso de velocidade, além de sugerir sinais de embriaguez, acusações estas que foram desmentidas por um exame clínico realizado em um hospital, o qual confirmou a sobriedade total do advogado.

Além disso, Silva é acusado de omitir deliberadamente os resultados do exame que descartou a embriaguez de Rodrigues, e de encaminhá-lo para um segundo exame clínico sem fundamentação legal, numa tentativa aparente de incriminá-lo injustamente e de se eximir de responsabilidades por condutas abusivas.

A ação da OAB visa a responsabilização de Silva e Toletino, enfatizando a gravidade da prisão ilegal do advogado e a necessidade de uma resposta firme das autoridades competentes perante tais transgressões. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) exige uma punição exemplar no mínimo com o afastamento imediato dos policiais em operações nas ruas.

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