Nesta terça-feira (11), durante o julgamento de uma ação da Procuradoria-Geral da República (PGR) na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes fez uma declaração sobre uma conversa particular que teve com o senador e ex-juiz Sérgio Moro. Mendes afirmou que durante o encontro, mencionou que Moro e o deputado cassado e ex-procurador Deltan Dallagnol “roubavam galinhas juntos” durante a condução da Operação Lava Jato.
Em sua declaração, Mendes explicou que usou essa expressão do “mundo rural” para ilustrar sua longa crítica à atuação de Moro e Dallagnol.
A declaração do ministro ocorre em um contexto em que Moro se tornou réu no STF por caluniar o próprio ministro Gilmar Mendes. O caso remonta a um vídeo curto em que Moro disse “comprar um habeas corpus de Gilmar Mendes” durante uma festa junina. Moro defendeu que a declaração foi uma brincadeira e que não teve a intenção de ofender o ministro do STF.
Além disso, durante o julgamento do STF, que analisava um pedido da PGR contra uma decisão que encerrou um processo criminal envolvendo a empreiteira Queiroz Galvão, Mendes criticou a atuação do Ministério Público Federal no Paraná, liderado por Dallagnol, e da 13º Vara Federal de Curitiba, sob Moro, durante a Operação Lava Jato.
Após o voto de Gilmar Mendes, o ministro André Mendonça pediu mais tempo para analisar o processo, interrompendo temporariamente o julgamento.