Marçal tem acusado Boulos de ser usuário de cocaína sem apresentar nenhuma prova
As provas que o candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), diz ter contra o deputado Guilherme Boulos (PSOL), para tentar associar o adversário ao uso de cocaína, contém um processo por “posse de drogas para consumo pessoal” contra um homônimo do psolista.
A informação foi divulgada nesta quarta-feira (28) pelo jornal Folha de S. Paulo.
Marçal tem acusado Boulos de ser usuário de cocaína sem apresentar provas, chamando o candidato do Psol dentre outras coisas, de “aspirador de pó”. A Justiça Eleitoral já condenou, o ex-coach a remover de suas redes sociais vídeos em que faz a acusação.
Boulos nega a acusação de uso de cocaína, e já chamou Marçal de “psicopata” e “mentiroso compulsivo”.
A reportagem obteve a certidão do caso, que ocorreu em 2001, e verificou que quem está como réu nesse processo sobre drogas não é Guilherme Castro Boulos, candidato à prefeitura, e sim Guilherme Bardauil Boulos, que, coincidentemente, disputa uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo pelo Solidariedade, apoiado por Ricardo Nunes (MDB).
Marçal x Boulos
O conflito inicial entre Boulos e Marçal teve início quando o deputado federal lembrou que Marçal, durante o último debate televisivo da Band, prometeu desistir da disputa caso alguém provasse que ele já havia sido condenado pela Justiça.
Marçal foi condenado em 2010 a 4 anos e 5 meses de reclusão pela Justiça Federal por furto qualificado, após participar de uma quadrilha especializada em golpes digitais. Boulos compartilhou um trecho da sentença nas redes sociais, intensificando ainda mais a tensão entre os dois candidatos.
O influenciador provocou Guilherme Boulos, chamando-o de “vagabundo” e reforçando a acusação de que o candidato do PSOL nunca havia trabalhado. Em resposta, Boulos contra-atacou, chamando Marçal de “mentiroso compulsivo” e questionando se ele seria “mau caráter ou psicopata”.
Durante um dos debates, Marçal ficou perseguindo Boulos pelo palco enquanto exibia a carteira de trabalho. Mesmo quando os dois se sentaram lado a lado, Marçal continuou a mostrar o documento, o que irritou Boulos a ponto de tentar arrancá-lo das mãos do adversário.