Entenda investigação contra Bolsonaro que apura fraude em cartões de vacinação

Segundo as investigações, iniciadas em 3 de maio de 2023, o esquema teria começado em novembro de 2021, quando Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, teria solicitado a falsificação de um cartão de vacinação para a esposa, Gabriela Santiago Cid

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (4) a segunda fase da operação “Venire”, investigando uma suposta fraude em cartões de vacinação que envolve Jair Bolsonaro (PL) e outras pessoas próximas ao ex-presidente. O foco da operação são autoridades do Rio de Janeiro, incluindo Washington Reis (MDB), secretário estadual de Transportes e ex-prefeito de Duque de Caxias, e Célia Serrano, secretária de Saúde do município.

Segundo as investigações, iniciadas em 3 de maio de 2023, o esquema teria começado em novembro de 2021, quando Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, teria solicitado a falsificação de um cartão de vacinação para a esposa, Gabriela Santiago Cid, através do sargento do Exército Luis Marcos dos Reis. Este, por sua vez, contatou o médico Farley Vinicius de Alcântara, que teria obtido um cartão da Secretaria de Saúde de Goiás preenchido com informações de vacinação falsas.

O esquema envolveu diversas tentativas de inserção de dados falsos no sistema ConecteSUS, sendo bem-sucedido apenas após intervenção do ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros, em Duque de Caxias (RJ). A PF também apurou a participação de João Carlos Brecha, secretário de Governo do município, no registro dos dados falsos, apesar do integrante do executivo local negar as acusações.

Em acordo de delação premiada, Mauro Cid confessou a participação no esquema e detalhou a entrega dos certificados falsos a Bolsonaro, cuja impressão foi rastreada até uma impressora no Palácio do Alvorada. O objetivo da fraude, segundo a PF, era facilitar viagens de lazer aos Estados Unidos, onde Bolsonaro teria sido vacinado em 2022, com base em evidências como depoimentos e registros de geolocalização.

A PF indiciou Bolsonaro, Cid e outras 15 pessoas por crimes relacionados à falsificação de certificados de vacinação, em uma investigação que ainda está em curso para apurar todas as ramificações do esquema.

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